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Kiev antecipa recolher obrigatório. Após 17h00 "todos são inimigos"

26 fev, 2022 - 15:27 • Lusa

"Todos os civis que estiverem nas ruas durante o toque de recolher obrigatório serão considerados membros dos grupos de sabotagem e tratados como inimigos", avisa o presidente da câmara de Kiev.

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O presidente da câmara de Kiev anunciou, este sábado, um agravamento do recolher obrigatório, em vigor devido à invasão russa, alertando que qualquer pessoa que esteja na rua entre as 17h00 e as 08h00 será tratada como "inimigo".

"Todos os civis que estiverem nas ruas durante o toque de recolher obrigatório serão considerados membros dos grupos de sabotagem e tratados como inimigos", disse Vitali Klitschko na rede Telegram, citado pela agência France-Presse.

Imposto em Kiev na quinta-feira, após o início da ofensiva russa, o toque de recolher estava em vigor, até agora, entre as 22h00 e as 07h00.

Klitschko anunciou, também, que o metro da capital foi transformado em refúgio para os moradores, pelo que não fornecerá mais serviços de transporte, por enquanto.

"O metro entrou em modo de abrigo", escreveu Klitschko noutra mensagem no Telegram.

No terceiro dia da invasão, Kiev acordou sob fogo de mísseis de Moscovo. Dois civis morreram, este sábado, na sequência de um bombardeamento num edifício residencial, na capital.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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