Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Ataque à Ucrânia pode ser “o princípio do fim” de Putin, diz Londres

27 fev, 2022 - 09:34 • Marta Grosso

Admitindo que a guerra não acabar tão depressa, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros garante que o Reino Unido irá continuar a fornecer armas à Ucrânia e diz apoiar os britânicos que queiram ir combater ao lado dos ucranianos.

A+ / A-

O ataque militar da Rússia à Ucrânia “pode muito bem ser o princípio do fim” para o Presidente Vladimir Putin, afirmou neste domingo a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros.

“Estamos a assistir a uma forte e corajosa resistência ucraniana”, afirmou Lizz Truss à SkyNews, acrescentando que o Reino Unido “irá continuar a fornecendo armas e apoio económico” à Ucrânia.

Na opinião da chefe da diplomacia britânica, Vladimir Putin está a “cometer um erro estratégico”, tendo em conta os efeitos negativos das sanções do Ocidente na economia russa.

Ainda assim, isso não será razão para a guerra acabar em breve, podendo mesmo arrastar-se por “vários anos”.

“Isto não vai acabar, temo, rapidamente. Receio que este conflito possa ser muito, muito sangrento”, acrescentou.

Quando questionada sobre as sanções impostas pelo Reino Unido, Lizz Truss disse que “compilou uma lista de oligarcas” e sugeriu que haveria “um programa contínuo de sanções”.

Mas o Reino Unido sofrerá também “custo económico”, admite, considerando que o povo britânico entenderá o preço que pagaríamos se não enfrentássemos Putin agora.

Neste domingo, o Presidente ucraniano lançou uma mensagem às forças estrangeiras amigas para que, se quisessem, se juntarem à defesa da Ucrânia.

Citada pelo jornal “The Independent”, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros reagiu, dizendo que apoiaria “de forma absoluta” os britânicos que decidissem lutar contra as forças russas na Ucrânia, ressalvando que são as pessoas que “tomam suas próprias decisões”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António José G Costa
    27 fev, 2022 Cacém 12:11
    É um tremendo erro estratégico por parte de Putin. Atemorizado pela derrota da Arménia no Nagorno Karabackh, Putin decidiu avançar em força para a Ucrania. Os drones que "desfizeram" o exército Arménio já tinham começado a chegar à Ucrânia. A sorte dos separatistas do leste da Ucrânia seria o mesmo dos arménios do Nagorno Karabakh. Pois é. Acontece é que a Ucrânia não é a Hungria de 1956 ou a Checoslováquia de 1969. O sr. Putin confia no poder nuclear, mas nada pode fazer contra misseis portateis anti-aéreos e anti-carro que vão chegar às forças ucranianas. Derrotados os russos vão responsabilizar Putin. O problema são armas nucleares. Arrisca-se tudo a acabar muito mal.

Destaques V+