26 fev, 2022 - 23:59 • Lusa
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A França decidiu endurecer as sanções contra a Rússia e reforçar o apoio à Ucrânia em equipamentos de defesa na sequência do conflito entre os dois países do leste europeu.
As decisões foram tomadas no Conselho de Defesa e Segurança, que hoje se reuniu sob convocação do Presidente francês, Emmanuel Macron.
No plano militar, França comprometeu-se a fazer uma "entrega adicional de equipamentos de defesa às autoridades ucranianas e apoio em combustível", referiu uma nota da Presidência, sem precisar o tipo de armamento que será dado.
O reforço das sanções à Rússia visa, nomeadamente, o acesso à plataforma interbancária Swift e os bens financeiros de personalidades russas.
Algumas das novas sanções serão tomadas pela França em coordenação com outros países da União Europeia.
França decidiu também, em sede do Conselho de Defesa e Segurança, adotar medidas contra "a propaganda" russa sobre a guerra na Ucrânia.
O Presidente francês falou este sábado ao telefone com o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, sobre "a posição e o papel da Bielorrússia no conflito", indicou Minsk.
Segundo um comunicado da Presidência bielorrussa, Lukashenko disse que o seu país, aliado da Rússia, estava disposto a acolher "conversações de paz".
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.