28 fev, 2022 - 16:35 • Ricardo Vieira, com agências
A primeira ronda de negociações entre representantes da Rússia e da Ucrânia chegou esta segunda-feira ao fim.
Os enviados a Gomel, na Bielorrússia, vão regressar a Kiev e a Moscovo para consultas com os respetivos governos e deverá haver uma segunda negocial.
Os representantes da Rússia e da Ucrânia tencionam realizar uma "segunda ronda" para tentar acabar com a guerra, avança o negociador ucraniano, citado pela agência de notícias France Press.
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos.
O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
O Presidente russo Vladimir Putin impõe condições para terminar as operações militares: quer a desmilitarização da Ucrânia e quer que a comunidade internacional reconheça a Crimeia como território russo.
As condições foram definidas em conversa telefónica com o seu homólogo francês Emmanuel Macron.
O Presidente francês, por seu turno, exigiu o fim de ataques a civis, não atingir infraestruturas civis e garantir o acesso seguro aos principais eixos rodoviários, sobretudo a sul da capital, Kiev.
Os dois líderes comprometeram-se ainda a manter contacto durante os próximos dias.
A delegação da Ucrânia que se encontrou de manhã no local onde decorreram as negociações com a Rússia tinham anunciado que iam exigir um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas.
“A delegação ucraniana chegou à zona junto à fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia para participar nas negociações” pelas 9h00 em Lisboa, indicou a presidência da Ucrânia através de um comunicado.
“A questão chave é o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas do território ucraniano”, refere o mesmo documento.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou esta segunda-feira um pedido formal de adesão do país à União Europeia.
Uma imagem divulgada nas redes sociais mostra o chefe de Estado ucraniano com as páginas do pedido de adesão.
Questionado sobre a vontade da Ucrânia, o chefe da diplomacia da União Europeia diz que o tema não está na agenda e que precisa de dar resposta "para as próximas horas, não para os próximos anos".