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Ucranianos deixam Braga para combater invasão russa. "É o meu dever, o meu país, a minha vida"

02 mar, 2022 - 16:30 • Isabel Pacheco

Seis ucranianos regressam para lutar pelo seu país. Estavam em Braga quando estalou a guerra com a Rússia. Seguem viagem no autocarro que parte rumo à fronteira da Polónia com a Ucrânia para trazer refugiados.

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Viktor Soloviov, 63 anos, parte de Braga rumo à Ucrânia para lutar pelo seu país. É um dos seis voluntários, todos com mais de 60 anos, que decidiram regressar a casa em tempo de guerra.

“É o meu dever, é o meu país, a minha vida”, explica à Renascença o atleta da equipa ucraniana que chegou a Braga para o campeonato europeu de Masters a 20 de fevereiro.

Foi durante a competição que os 21 elementos da comitiva foram surpreendidos com o estalar de um conflito que ninguém esperava. “Foi uma surpresa. Não acreditávamos que Putin fosse capaz de fazer isto”, admite Mikael Ostasesky, outro dos atletas da equipa.

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As famílias permanecem na Ucrânia . A filha de Valentyna Krepkina está em Kiev e as notícias “não são as melhores”, reconhece a treinadora.

“Ela escreve-me algumas palavras, mas não são boas. Ela é forte. Ela sabe o que fazer. Estou orgulhosa da minha filha. Sei que ela não quer partir deixar a Ucrânia”, revela.

Apesar das dificuldades, Valentyna mostra-se confiante numa vitória do povo ucraniano e é com emoção que nos fala da força do seu país. “ Acredito numa melhor saída para a Ucrânia. Acredito no povo ucraniano. Somos um país pequeno, mas uma nação forte. Sei que temos o apoio do mundo contra Putin”.

Valentyna e mais 16 elementos da comitiva ucraniana vão ficar, por enquanto, pela capital do Minho. Seis dos atletas decidiram apanhar “boleia” do autocarro que parte de Braga rumo à fronteira da Polonia com a Ucrânia para trazer refugiados para se juntarem às forças da resistência contra a invasão russa.

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