04 mar, 2022 - 10:12 • Olímpia Mairos , com agências
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O Parlamento russo aprovou, esta sexta-feira, uma lei que torna crime a divulgação de informações falsas sobre as forças armadas.
Nas emendas aprovadas estão previstas penas de prisão que podem chegar aos 15 anos de cadeia se as "informações enganosas" tiverem "consequências sérias" para as Forças Armadas.
Outra emenda adotada pelos deputados russos também prevê castigos para "os pedidos de sanções contra a Rússia", no momento em que o país enfrenta grandes penalizações por parte dos países ocidentais, decorrentes do ataque à Ucrânia.
As punições serão aplicadas à população em geral, não apenas aos profissionais da imprensa.
Com estas medidas, as autoridades de Moscovo reforçam o arsenal repressivo e de controle da informação.
A agência reguladora de comunicação da Rússia anunciou esta sexta-feira, que, a pedido do Ministério Público russo, restringiu o acesso aos portais de quatro meios de comunicação independentes, incluindo a versão em russo da BBC.
Já em relação à invasão da Ucrânia, as autoridades russas proibiram a imprensa de usar informações diferentes das declarações oficiais.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.