05 mar, 2022 - 11:40 • Redação com Lusa
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O Governo italiano bloqueou 140 milhões de euros em ativos ao abrigo das sanções internacionais impostas aos oligarcas russos, incluindo a apreensão de dois iates a empresários próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, anunciaram fontes oficiais.
"Estão a ser tomadas medidas para congelar em território italiano bens móveis e imóveis de 140 milhões de euros pertencentes a oligarcas russos que figuram nas listas da normativa europeia. Já foi concluída uma primeira operação, que afeta um navio de 65 milhões de euros. Outras medidas estão em curso", indicou, na sexta-feira, o Ministério da Economia italiano.
Trata-se do mega iate "Lady M", ancorado em Imperia, na costa da Ligúria, no noroeste da Itália, e pertencente a Alexei Mordashov, presidente do grupo metalúrgico e energético Severstal e que detém um terço das ações da agência de viagens TUI, a maior do mundo.
O multimilionário, que, segundo a revista Forbes, era o quarto homem mais rico da Rússia em 2021, distanciou-se nos últimos dias da invasão russa da Ucrânia e lamentou as sanções impostas pela União Europeia (UE) devido às suas ligações ao banco Rossiya (que os 27 dizem que beneficiou da anexação da Crimeia pela Rússia) e a um grupo que controla os meios de comunicação que transmitem a versão do Governo russo sobre a guerra.
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A ordem de apreensão preventiva foi executada pela Unidade Especial de Polícia Monetária da Guardia di Finanza, com a colaboração da Unidade de Polícia Económica e Financeira de Imperia e do Departamento de Operações Aeronáuticas de Génova, detalharam este sábado fontes oficiais.
Posteriormente, outra ordem foi também emitida e executada contra o iate "Lena", propriedade de Gennady Timchenko, ancorado no porto de San Remo e com um valor estimado de cerca de 50 milhões de euros, segundo as mesmas fontes.
Timchenko é o fundador do Grupo Volga, com importantes investimentos na economia russa, e é considerado pela UE como "um dos confidentes de Putin", com quem mantém uma relação pessoal próxima desde a década de 1990.
As autoridades francesas também apreenderam quatro cargueiros e um iate de luxo ligados a oligarcas russos, numa altura em que os Estados Unidos e outros governos aumentaram as sanções contra a elite russa em resultado da invasão da Ucrânia por Moscovo.
Dois oligarcas russos, Mikhail Fridman e Oleg Deripaska, pediram o fim do conflito desencadeado pelo ataque do presidente Vladimir Putin à Ucrânia, com Fridman chamando-o de uma tragédia para os dois países.