07 mar, 2022 - 20:06 • Ricardo Vieira, com agências
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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os líderes da França, Alemanha e Reino Unido reforçam a determinação em continuar a agravar os custos para a Rússia pela invasão “não provocada e injustificada” da Ucrânia, diz a Casa Branca.
Joe Biden, o Presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson conversaram esta segunda-feira através de videochamada.
Os quatro líderes "afirmaram sua determinação em continuar a aumentar os custos para a Rússia pela invasão não provocada e injustificada da Ucrânia", refere a Casa Branca, em comunicado.
Biden, Macron, Scholz e Johnson também reafirmaram o seu empenho em garantir assistência humanitária, económica e em matéria de segurança à Ucrânia".
Na terceira ronda de negociações entre Rússia e Ucrânia, realizada esta segunda-feira, não foram registados progressos significativos no que respeita ao fim da guerra, que vai no 12.º dia e já provocou 1,7 milhões de refugiados.
O negociador ucraniano Mykhailo Podolyak disse que as conversações, que decorreram na Bielorrússia, não "melhoraram a situação", no que diz respeito ao conflito armado iniciado a 24 de fevereiro com a invasão da Ucrânia ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
Haverá uma quarta ronda de negociações com a Rússia, disse Mykhailo Podolyak.
A Ucrânia acusou hoje a Rússia de voltar a "sabotar" a abertura de corredores humanitários para a evacuação das regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk e Kherson, continuando os bombardeamentos.
"Violando os acordos alcançados anteriormente, em 7 de março, a Federação Russa mais uma vez sabotou a abertura de corredores humanitários para a evacuação da população civil nas cidades sitiadas de Kiev (norte), Kharkiv (leste), Donetsk (leste) e Kherson (sul)", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, em comunicado.
Mais de 1,7 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, de acordo com o balanço divulgado esta segunda-feira pelas Nações Unidas.
Mais de mil civis já foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Segundo o relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), que abrange o período das 4h de 24 de fevereiro à meia-noite de 4 de março, das “1.058 vítimas civis na Ucrânia, 351 foram mortas, incluindo 10 crianças”.
O Papa Francisco enviou dois cardeais para tentar mediar o conflito. O cardeal Konrad Krajewski, responsável pelas obras de caridade do Papa, chega esta segunda-feira à fronteira da Polónia com a Ucrânia, e o cardeal Michael Czerny, do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, é aguardado amanhã na Hungria.
Entretanto, Portugal recebeu desde o início da invasão russa da Ucrânia 2.674 pedidos de proteção temporária, segundo uma atualização feita hoje pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).