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Um porta-voz do Presidente Volodymr Zelenskiy descreve a posição da Rússia sobre os corredores humanitários, que permitir aos cidadãos ucranianos fugir das cidades cercadas desde que o façam para a Bielorrússia e Rússia, como “completamente imoral”.
"O sofrimento das pessoas é usado para criar a desejada imagem televisiva. Estes são cidadãos ucranianos, deveriam ter o direito de sair para território ucraniano", afirmou, acusando também a Rússia de sabotar as tentativas prévias de evacuação.
Também o Presidente francês já rejeitou que tenha pedido a abertura de corredores humanitários com destino à Rússia. Numa nota do Eliseu, Emanuel Macron diz que na conversa com o Presidente russo defendeu que os civis deviam ser retirados em segurança para outras cidades.
Do Reino Unido um tom crítico. O ministro britânico para a Europa, James Cleverly, classificou como “inacreditável” estes supostos corredores humanitários. Uma oferta “cínica”, sublinhou.
“Fornecer uma rota de saída para os braços do país que está a destruir as suas casas não faz qualquer sentido”.
De acordo com a Associated Press, o anúncio de um cessar-fogo e a consequente abertura de corredores humanitários prevista para esta segunda-feira está a ser desrespeitado pelas forças russas, que continuam a disparar.
"Apesar de a Rússia ter anunciado um cessar-fogo a partir desta segunda-feira de manhã e a abertura de corredores humanitários em várias áreas, as suas forças armadas continuaram a atacar cidades ucranianas, com vários lançadores de rockets a atingir prédios residenciais", afirmou esse porta-voz, que dá conta de bombardeamentos contra a cidade de Mykolaiv, 480 quilômetros ao sul de Kiev, e nos subúrbios da capital, incluindo Irpin, que está sem eletricidade, água e aquecimento há três dias.
Corredores humanitários em quatro cidades
Moscovo anunciou a abertura de corredores humanitários em Kiev e nas cidades de Mariupol, Kharkiv e Sumi.
Um dos corredores será aberto a partir de Kiev, passando pelas cidades de Gostomel, chegando a Chernobyl e às cidades bielorrussas de Gden e Gomel, com o posterior transporte, por via aérea, das pessoas deslocadas para a Federação Russa.
A partida de Mariupol será por duas vias. A primeira rota segue para Rostov-on-Don, já na Rússia, e depois por via aérea, ferroviária e rodoviária, para destinos selecionados ou centros de alojamento temporário. O segundo é entre Mariupol e Mangush, na bacia de Donetsk.
A rota de Kharkiv segue para Belgorod, já na Federação Russa, para depois fazer chegar os refugiados por via aérea, ferroviária e rodoviária para destinos selecionados ou centros de alojamento temporário.
Já a partir de Sumi estão estabelecidas duas rotas: a primeira para Belgorod e a segunda para Poltava, na Ucrânia.