08 mar, 2022 - 15:58 • Lusa
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Pelo menos 406 civis foram mortos e 801 ficaram feridos desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, segundo dados das Nações Unidas, números semelhantes aos contabilizados por Kiev, que indica 38 crianças entre as vítimas mortais.
O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) advertiu esta terça-feira que os números podem ser bastante superiores, já que todos os dias se verificam mortes de civis.
O ministro da Defesa da Ucrânia também divulgou novas estimativas, em que indica mais de 400 mortes, incluindo 38 crianças, resultantes dos ataques das forças russas, e pelo menos 800 feridos, incluindo 70 crianças.
O relatório elaborado diariamente pela OCHA Ucrânia em colaboração com parceiros humanitários detalha que 528 vítimas civis foram registadas em Donetsk e Lugansk (70 mortos e 324 feridos em áreas controladas pelo Governo e 23 mortos e 111 feridos em áreas não controladas pelo executivo) e 679 vítimas noutras regiões da Ucrânia.
A agência da ONU alerta que "os movimentos populacionais continuam internamente e além-fronteiras" e o afluxo maciço de pessoas que se dirigem para o oeste do país "irá provavelmente sobrecarregar as capacidades de resposta e afetando desproporcionadamente os grupos mais vulneráveis".
Com cada vez mais zonas geográficas atingidas pelos combates, a OCHA prevê "cada vez mais baixas civis e necessidades humanitárias" e também o receio de que as pessoas tenham que se deslocar, fugindo mais do que uma vez.
"No domingo, 6 de março, vários ataques de mísseis alegadamente destruíram o Aeroporto Internacional de Vinnytsia, na província central com o mesmo nome, para onde um número crescente de pessoas deslocadas pelo conflito fugiu em busca de segurança", relatou a organização como exemplo.
O Ministério da Energia ucraniano informou também que cerca de 650.000 pessoas ficaram sem eletricidade e pelo menos 130.000 permanecem sem abastecimento de gás natural devido às hostilidades.
"A rápida deterioração da situação de segurança impede as equipas de reparação de restaurar o abastecimento de serviços críticos, incluindo eletricidade, gás e água", refere ainda o ministério.