09 mar, 2022 - 10:15 • Olímpia Mairos , com agências
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A União Europeia prepara-se para avançar com novas sanções contra a Rússia e a Bielorrússia. A informação está a ser avançada pela agência France Press, que cita fonte oficial dos 27. As medidas são ser anunciadas esta quarta-feira.
Ao que tudo indica, os diplomatas europeus concordaram em adicionar a mais 100 oligarcas e autoridades russas à lista negra de sanções, introduzir proibições de viagens, reforçar o controlo sobre as transferências de criptomoedas e sobre o setor marítimo.
Os 27 deram também deu sinal verde para cortar três bancos bielorrussos do sistema global de pagamentos SWIFT devido ao apoio de Minsk à invasão russa da Ucrânia.
A presidência francesa da UE adiantou que os membros aprovaram as sanções, durante uma reunião, e que serão formalmente adotadas na quinta e sexta-feira em Versalhes.
Na terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, afirmou à margem de um encontro com Mário Draghi, que já estão em vigor três pacotes de sanções de grande impacto.
No entanto, Úrsula Von der Leyen defendeu ser necessário garantir que os efeitos das sanções sejam maximizados.
Como justificou a presidente da Comissão a evolução da situação no terreno, de onde chegam imagens “atrozes” do bombardeamento de homens, mulheres e crianças pelas forças russas, exige uma determinação ainda maior dos aliados europeus, no isolamento e pressão sobre o Kremlin.
Von der Leyen disse que o executivo comunitário apresentará, esta quarta-feira, uma comunicação com propostas para reduzir a dependência europeia do gás, petróleo e carvão da Rússia, através da diversificação do seu abastecimento com recurso a outros exportadores (nomeadamente de gás natural liquefeito) e ainda do “investimento maciço na produção de energias renováveis”.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, pelo menos, 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.