12 mar, 2022 - 19:38 • Lusa
O primeiro dia de repetição do voto presencial dos portugueses residentes na Europa para as eleições legislativas contou com a afluência de apenas 17 dos 69 eleitores inscritos em Bruxelas, confirmou a presidente desta assembleia de voto este sábado.
Em declarações à Lusa, Lídia Martins fez um balanço positivo da afluência às urnas, que fecharam às 19h00 locais (18h00 em Portugal continental) e voltam a reabrir este domingo para o último dia de sufrágio, continuando a votação por via postal através de boletins que têm de chegar a Portugal até ao próximo dia 23.
"Correu muito bem. As pessoas parecem mais informadas acerca das regras do procedimento. Tivemos uma afluência às urnas de cerca de 25% do colégio eleitoral que está recenseado para o voto presencial. Esperamos que domingo tenhamos mais participação, as pessoas mostraram-se bastante interessadas, empenhadas e contentes por poderem expressar o seu voto", afirmou, confirmando um total de 17 votos presenciais até ao momento.
Para esta modalidade de voto estão inscritos um total de 400 eleitores, com a capital belga a representar o local de voto com mais inscritos (69) para votarem presencialmente. O número de eleitores inscritos no círculo da Europa é de 946.841.
Lídia Martins salientou que "não há nada a registar de incidentes" e que a votação decorreu num "ambiente muito agradável", com pessoas que "querem participar e votar". E nem o incidente com a anulação de votos da primeira votação no círculo europeu, em janeiro, retira o otimismo da responsável pela mesa de voto de Bruxelas.
"Sabemos que as pessoas ficaram um pouco surpreendidas com toda a situação, mas pensamos que vai haver o mesmo tipo de afluência às urnas como da última vez. Contamos que as pessoas venham votar, que aquelas que se inscreveram para votar presencialmente gostam mesmo e fazem questão de votar", resumiu.
O círculo da imigração (Europa e resto do Mundo) contribui com somente quatro deputados para os 230 assentos na Assembleia da República. Questionada sobre a necessidade de uma mudança que levasse a uma maior representação, Lídia Martins admitiu que "seria positivo".
"Há outras coisas também que têm de ser alteradas. Acho que está a ser feita essa análise e esperamos que venha a ser aprofundada e consequente. Aquilo que ouvimos dos responsáveis políticos foram essas indicações, mas não sei o que vai acontecer. Esperamos sempre que a cidadania dos portugueses no estrangeiro possa ser bem representada. Se há défice, seria bom que fosse corrigido", concluiu.