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Covid-19. Infeções na China aumentam levando a restrições no acesso a Xangai

13 mar, 2022 - 10:50 • Lusa

Embora seja baixo o número de casos de covid-19 na China comparado com o de outros países, o país enfrenta o pior surto da doença em dois anos, mantendo uma estratégia de “tolerância zero” que encerra temporariamente cidades para isolar pessoas infectadas, apesar do custo económico que acarreta.

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Um surto do coronavirus SARS-CoV-2 no nordeste da China fez triplicar as infeções e as autoridades chinesas intensificam medidas de controlo da doença, como a suspensão do transporte de autocarro para Xangai.

Embora seja baixo o número de casos de covid-19 na China comparado com o de outros países, o país enfrenta o pior surto da doença em dois anos, mantendo uma estratégia de “tolerância zero” que encerra temporariamente cidades para isolar pessoas infectadas, apesar do custo económico que acarreta.

Segundo dados do governo, 1.938 novos casos foram registados na parte continental da China nas 24 horas anteriores à meia-noite de sábado, mais do triplo do total do dia anterior.

Cerca de três quartos (1.412 casos) ocorreram na província de Jilin, no nordeste da China, onde o acesso à metrópole industrial de Changchun foi suspenso na sexta-feira e as famílias foram instruídas a ficar em casa.

Em Hong Kong, o governo do território registrou 15.789 novos casos, quase metade do total de sábado.

A líder do território, a executiva-chefe Carrie Lam, alertou sábado para a possibilidade de não ter ainda passado o pico deste último surto de covid-19.

A China, onde os primeiros casos de coronavírus foram detetados no final de 2019 na cidade central de Wuhan, registou um total de 4.636 mortes desde o início da pandemia, de 115.466 infeções confirmados.

Hoje, 831 novos casos foram registados em Changchun, 571 na capital da província vizinha de Jilin, 150 na cidade portuária oriental de Qingdao e 60 em Shenzhen, um centro de negócios adjacente a Hong Kong.

As autoridades de Jilin estão a intensificar as medidas de combate à doença depois de concluírem que a resposta anterior estava a ser inadequada, segundo o vice-diretor da Comissão de Saúde provincial, Zhang Yan.

“O mecanismo de resposta de emergência em algumas áreas não é suficientemente sólido”, afirmou Zhang numa entrevista coletiva, de acordo com uma transcrição divulgada pelo governo chinês.

Em Xangai, a cidade mais populosa da China, com 24 milhões de habitantes, o aumento do número de casos no último surto de covid-19 foi de 15, para 432.

O governo da cidade ordenou que ninguém saia de casa a menos que seja necessário e o serviço de autocarro intermunicipal foi hoje suspenso.

“Aqueles que vêm ou retornam a Xangai devem ter um relatório negativo de teste de ácido nucleico dentro de 48 horas antes da chegada”, lê-se num comunicado das autoridades de saúde da cidade, citado pela Associated Press.

Também hoje, alguns moradores de Cangzhou, no sul de Pequim, receberam ordem para ficar em casa após terem sido registados nove casos de infeção por covid-19, segundo um aviso do governo chinês.

A doença covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019, mas uma das variantes do vírus, a Ómicron, detetada em novembro passado, é atualmente dominante.

Desde o início da pandemia, a covid-19 provocou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo, segundo dados da agência France-Presse.

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