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Mais 100 mil refugiados contabilizados pela ONU em 24 horas

13 mar, 2022 - 16:17 • Lusa

A agência da ONU que apoia os refugiados, o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR) confirma que se tratar do mais rápido afluxo de refugiados na Europa, desde a Segunda Guerra Mundial.

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Cerca de 100 mil pessoas, em 24 horas, juntaram-se às fileiras de refugiados da Ucrânia, mais de duas semanas após o lançamento da ofensiva militar pela Rússia, segundo dados divulgados, este domingo, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A agência da ONU que apoia os refugiados, o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR), contabilizou 2.698.280 refugiados ucranianos, mais 100.733 do que na contagem anterior, considerando o alto-comissário da ONU, Filippo Grandi, tratar-se do mais rápido afluxo de refugiados na Europa, desde a Segunda Guerra Mundial.

As primeiras previsões da ONU indicavam que cerca de quatro milhões de pessoas poderiam querer abandonar a Ucrânia para fugir à ofensiva lançada pela Rússia, número que o ACNUR considera que vai ser revisto em alta.

Antes da ofensiva militar lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, a Ucrânia era povoada por mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev, excluindo a população da Crimeia anexada pela Rússia e das áreas sob controle de separatistas pró-russos.

A Polónia recebeu 1.655.503 refugiados, mais de metade dos ucranianos que fugiram desde o início da invasão russa, segundo dados hoje atualizados pelo ACNUR, mas antes do conflito este país já acolhia 1,5 milhões de ucranianos, na sua maioria, que iam para lá trabalhar.

A Hungria, que tem cinco postos de fronteira com a Ucrânia e várias cidades fronteiriças, recebeu 246.206 refugiados, de acordo com dados do ACNUR atualizados no sábado, cerca de 10 mil mais do que durante a contagem do dia anterior.

A Eslováquia contabilizou 195.980 pessoas que fugiram da Ucrânia, segundo a atualização do ACNUR no sábado, quase 10 mil mais do que no balanço anterior.

Já na Rússia, o número de pessoas que encontraram refúgio era de quase 106 mil na quinta-feira, observando o ACNUR que entre 18 e 23 de fevereiro, 96 mil pessoas cruzaram os territórios de Donetsk e Luhansk a caminho da Rússia.

Na Moldova, país com 2,6 milhões de habitantes e um dos mais pobres da Europa, muitos dos refugiados pretendem chegar à Roménia ou Hungria, onde têm familiares, registando o país na quinta-feira a entrada de 104.929 refugiados da Ucrânia, segundo o ACNUR.

Na Roménia, o ACNUR não atualizou as estatísticas de refugiados, contabilizando a ONU, na sua última contagem de quinta-feira, quase 85 mil refugiados ucranianos, mas na sexta-feira as autoridades romenas contabilizaram a entrada de 365 mil pessoas e a saída de 280 mil desde o início da ofensiva militar na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Os dados do ACNUR, divulgados na sexta-feira, informavam ainda que cerca de 304 mil refugiados continuaram a sua jornada em direção a outros países europeus.

A ofensiva militar na Ucrânia, segundo números da ONU, causou pelo menos 564 mortos e 982 feridos e a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para países vizinhos.

O lançamento da ofensiva militar russa na Ucrânia foi condenado pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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