Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Nova presidente de Melitopol nomeada pelos russos pede fim da resistência ucraniana

13 mar, 2022 - 16:30 • Lusa

A administração regional de Zaporizhzhia nomeou a presidente da câmara depois da captura do anterior autarca, Ivan Fedorov, pelas forças russas que ocupam Melitopol, uma cidade situada entre Mariupol, cercada pelos russos, e Jerson, ocupada.

A+ / A-

A nova presidente da câmara de Melitopol, Galina Danilchenko, nomeada pela administração regional de Zaporiyia, afeta aos russos, pediu este domingo aos cidadãos para não resistirem à ocupação russa para a vida poder voltar ao normal.

“Queridos habitantes de Melitopol e da sua região, agora a nossa principal tarefa é construir todos os mecanismos para nos adaptarmos à nova realidade, de maneira a que tão rapidamente quanto possível a cidade comece a viver de novo”, disse a mensagem divulgada nas redes sociais, dita em russo.

A administração regional de Zaporizhzhia nomeou a presidente da câmara depois da captura do anterior autarca, Ivan Fedorov, pelas forças russas que ocupam Melitopol, uma cidade situada entre Mariupol, cercada pelos russos, e Jerson, ocupada.

“Apesar de todos os nossos esforços, na cidade há pessoas que querem desestabilizar a situação, o que os leva a fazer atos extremistas; por favor, não caiam nestas provocações, sejam razoáveis”, acrescentou a nova autarca.

Danilchenko pediu também aos deputados locais para se dedicarem à tarefa para a qual foram eleitos, que é trabalhar para o bem estar de todos, e anunciou ainda a criação de um “comité popular, que se ocupará de todas as questões administrativas na cidade”.

Kiev já disse à autarca para se lembrar do destino de Nelly Shtepa, que em 2014 foi nomeada presidente da câmara da cidade de Slovyansk na autoproclamada República de Donetsk e mais tarde detida pelas autoridades ucranianas.

Enquanto o paradeiro do presidente da câmara Ivan Fedorov permanece desconhecido, aproximadamente 2.000 residentes da cidade foram às ruas no sábado para pedir a sua libertação.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou também aos líderes de França e Alemanha, Emmanuel Macron e Olaf Scholz, para pressionarem o Presidente russo, Vladimir Putin, a libertar o presidente da câmara “imediatamente”.

Melitopol encontra-se atualmente sob ocupação pelas forças russas. Fedorov, segundo a agência de notícias ucraniana UNIAN, tinha-se recusado a cooperar com os russos, mantendo a bandeira ucraniana na Câmara Municipal da cidade.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Espera pela pancada
    14 mar, 2022 Melhor esconderes-te 11:02
    Uma traidora a soldo de Moscovo, que a seu tempo vai ter o que merece, como outra igual a ela, já teve.
  • Cidadao
    13 mar, 2022 Lisboa 18:32
    A "Nova presidente" da câmara de Melitopol, escolhida para o lugar não pelos eleitores Ucranianos mas pelos russos, pede aos habitantes que acabem com resistência. Galina Danilchenko fez o apelo num vídeo para os cerca de 150 mil moradores “se ajustarem à nova realidade”, não desestabilizarem a situação atual e não participarem em atividades extremistas. Uma traidora a soldo de Moscovo, e que vai acabar numa cela de prisão, ou com um tiro na mona, ou a fugir para a Rússia quando a situação mudar. Entretanto, e a julgar pelo que se tem visto do caráter dos Ucranianos, acho que ela está a falar para o boneco, a não ser que esteja a pensar em por um soldado russo a apontar à tola de cada Ucraniano, para ser obedecida.

Destaques V+