15 mar, 2022 - 17:28 • Carla Fino, com redação
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, voltou esta terça-feira a sublinhar que a Aliança Atlântica não vai intervir diretamente no conflito entre Ucrânia e Rússia.
Em conferência de imprensa em Bruxelas, Jens Stoltenberg diz que o mundo inteiro condena esta guerra e que a NATO e os seus aliados vão continuar a apoiar Kiev a combater as tropas russas, através do envio de armamento e ajuda humanitária.
"O mundo inteiro já condenou esta guerra sem sentido. A NATO, a União Europeia e outros países já aplicaram sanções à Rússia sem precedentes, os aliados da NATO treinaram dezenas de milhares de tropas ucranianas, muitas delas estão agora na linha da frente. Muitos aliados já forneceram uma quantidade significativa de equipamentos, incluindo armas de defesa de anti-tanques e anti-aéreas, munições e combustível”, afirma Jens Stoltenberg.
“Tanto os treinos como o equipamento estão a ajudar a Ucrânia a defender-se. A Ucrânia tem o direito fundamental de se defender, à luz da carta das Nações Unidas e os aliados da NATO e os parceiros vamos continuar a ajudar a Ucrânia a defender os seus direitos", sublinha.
O secretário-geral adiantou que a NATO está atenta a eventuais incidentes perto das fronteiras com os países aliados. Diz que é preciso acautelar esta situação para evitar uma escalada no conflito.
"Aumentámos a nossa presença junto dos países do leste da Aliança, aumentámos o estado de prontidão das nossas tropas e estamos a colocar mais recursos nestes países. Um ataque a um aliado, terá a resposta de toda a Aliança e estamos prontos para proteger cada centímetro do território aliado.”
“Quando vemos mais ações militares, quando vemos que realmente há confrontos junto às fronteiras da NATO, há sempre o risco de incidentes e de acidentes. Por isso temos de fazer todos os esforços para evitar que aconteçam e, se acontecerem, teremos de garantir que não fiquem fora de controlo e criem situações de perigo", afirma Jens Stoltenberg.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, estará em Bruxelas na próxima semana para participar, dia 24, na reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) e na cimeira extraordinária da NATO, devido à guerra ucraniana.
A informação foi hoje avançada por fontes europeias, que indicaram que "o Presidente Biden vai juntar-se, presencialmente, à cimeira europeia da próxima semana", no dia 24 de março (quinta-feira), o primeiro dia da reunião dos líderes da UE, que decorrerá em Bruxelas.