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Zelensky. Rússia já perdeu mais agora do que nas guerras do Cáucaso

15 mar, 2022 - 10:00 • Carla Caixinha com agências

O 20.º dia de conflito começou com fortes explosões no centro de Kiev. Também é marcado por uma nova ronda de negociações.

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O presidente da Ucrânia disse que o Exército russo "já perdeu mais na Ucrânia" do que nas duas guerras "sangrentas" na Chechénia, no Cáucaso.

Numa gravação vídeo difundida nas redes sociais, Volodymyr Zelensky afirma que as forças ucranianas estão a "infligir perdas devastadoras" ao Exército russo desde que Vladimir Putin ordenou a invasão do país no passado dia 24 de fevereiro.

"Em breve, o número de helicópteros russos derrubados vai chegar às centenas. Já perderam 80 aviões de combate, centenas de tanques e equipamentos, aos milhares", sublinha.

Segundo o último balanço das Forças Armadas ucranianas, foram mortos mais de 13.500 soldados russos durante o conflito na Ucrânia.

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia são retomadas esta terça-feira, após uma “pausa técnica”. Kiev exige um cessar-fogo a Moscovo e a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano, invadido pela Rússia a 24 de fevereiro, numa ofensiva que já matou, pelo menos, 636 civis e obrigou 4,8 milhões de pessoas a fugirem.

Também hoje são esperados em Kiev três primeiro-ministro europeus.

Os governantes da República Checa, da Polónia e da Eslovénia devem ter um encontro com o Presidente Zelensky, na qualidade de representantes dos líderes da UE. O propósito desta visita é confirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia e dos ucranianos.

Guerra acaba em maio?

A guerra na Ucrânia deverá terminar no início de maio, diz o chefe de gabinete do Presidente Zelensky. Segundo Oleksiy Arestovich, esta data está relacionada com a estimativa ucraniana de que se vão esgotar os recursos da Rússia para fazer a guerra.

“Penso que, no máximo, em maio, no início de maio, deveremos ter um acordo de paz – talvez até possa ser mais cedo, veremos… Estou a falar das datas possíveis mais longas.”
Para este conselheiro, as negociações estão numa encruzilhada. “Ou haverá um acordo de paz em breve, dentro de uma semana ou duas, com retirada de tropas, ou haverá uma tentativa de reunir mais alguns combatentes, incluindo sírios, para um segundo round de confrontos – e quando os derrotarmos poderá haver um acordo em abril ou final de abril”.
Os serviços secretos norte-americanos já tinham avançado que Moscovo estava a recrutar sírios para combater na Ucrânia.

Zelensky propôs estender o período de vigência da lei marcial no país por mais 30 dias.

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