16 mar, 2022 - 10:57 • Redação com Lusa
António Costa defendeu esta quarta-feira, em Bruxelas, mais respostas e soluções comuns aos Estados-membros da União Europeia.
O primeiro-ministro está em Bruxelas para participar numa conferência de alto nível sobre o Mecanismo de Recuperação e Resiliência e foi um dos oradores convidados da semana parlamentar europeia.
Oportunidade para Costa defender que a União Europeia deve apostar em soluções mutualizadas, ou seja, de financiamento comum.
“Pretendemos para estes e restantes desafios estruturais soluções mutualizadas que permitam que em função dos seus pontos de partida e das suas necessidades, todos avancem na prossecução dos objetivos comuns”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que “só assim alinhamos de forma plena os objetivos, o financiamento e os recursos, todos eles verdadeiramente comuns”.
Nesta intervenção, Costa apontou que a crise da Covid-19 permitiu quebrar "uma barreira que parecia intransponível, a da mobilização de financiamento comum, com a escala de que a Europa precisa", e observou que o novo "momento de absoluta exceção", provocado pela guerra na Ucrânia, a escalada dos preços da energia, a rutura em muitas cadeias de valor e a incerteza global demonstra a necessidade de a UE ter instrumentos permanentes e a mobilização de recursos comuns.
Aludiu ainda a uma "incerteza crescente" e às "consequências nas nossas economias", lembrando que ainda agora estávamos “a emergir de uma pandemia e já estamos a ser confrontados com a guerra. Mais do que nunca, precisamos de uma Europa robusta e resiliente.”
Depois do debate, António Costa reunir-se-á com a nova presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, estando agendada uma conferência de imprensa conjunta para depois do encontro.