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Kosovo pede a Biden para que seja integrado na NATO

17 mar, 2022 - 21:33 • Lusa

Numa carta enviada a Joe Biden e esta sexta-feira divulgada pela agência noticiosa AFP, a sua homóloga kosovar Vjosa Osmani Sadriu alertou contra as tentativas de "desestabilização" de Moscovo no Kosovo e na volátil região dos Balcãs.

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O Kosovo pediu hoje ao Presidente dos Estados Unidos que colabore ativamente para a sua integração na NATO, uma adesão que para a antiga província do sul da Sérvia se tornou "imperativa" devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Numa carta enviada a Joe Biden e esta sexta-feira divulgada pela agência noticiosa AFP, a sua homóloga kosovar Vjosa Osmani Sadriu alertou contra as tentativas de "desestabilização" de Moscovo no Kosovo e na volátil região dos Balcãs.

"A adesão do Kosovo à NATO tornou-se imperativa", indicou Osmani. "Manifestamos a nossa esperança e expectativas que os Estados Unidos utilizem a sua liderança e a sua influência para apoiar ativamente e fazer avançar o complexo processo de adesão do Kosovo à NATO".

Moscovo mantém um contencioso com o Kosovo desde a guerra entre os separatistas albaneses e as forças sérvias, que retiraram do território em 1999 na sequência de uma campanha de bombardeamentos da NATO conduzida pelos Estados Unidos.

À semelhança de Belgrado, Moscovo não reconhece o Kosovo, uma decisão também adotada por diversos países -- incluindo cinco Estados-membros da UE -- e que impede a sua entrada nas Nações Unidas.

Na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, o primeiro-ministro kosovar Albin Kurti tinha já pressionado a NATO e a União Europeia (UE) a acelerarem o processo de integração de Pristina nas duas organizações.

A Presidente kosovar explicou que o território está "exposto aos persistentes esforços da Rússia para prejudicar e desestabilizar toda a região dos Balcãs ocidentais".

A carta foi enviada à Casa Branca na semana passada.

O Kosovo, que alinhou de imediato com as sanções ocidentais aplicadas a Moscovo, também prometeu receber milhares de refugiados ucranianos, apesar de Kiev não ter reconhecido a sua independência, autoproclamada em 2008.

A guerra entre os rebeldes independentistas e as forças sérvias no final da década de 1990 provocou 13.000 mortos, na maioria albaneses kosovares.

Após a intervenção ocidental, o Kosovo colocou-se de forma resoluta no campo ocidental.

"O Kosovo é o país mais pró-americano e mais pró-NATO do mundo", acrescentou a Presidente kosovar.

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