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Guerra na Ucrânia

Nações Unidas confirmam que, em 20 dias de guerra, morreram 726 civis

16 mar, 2022 - 20:46 • Lusa

Entre as vítimas, há pelo menos 104 mulheres e 52 crianças, ao passo que no balanço de feridos foram contabilizadas pelo menos 77 mulheres e 63 menores de idade, segundo os números diariamente atualizados pelo organismo dirigido por Michelle Bachelet.

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A guerra na Ucrânia fez pelo menos 726 mortos e 1.174 feridos entre a população civil nos primeiros 20 dias de combates, indicou esta quarta-feira o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A agência da ONU sublinhou que estes são os números dos casos já confirmados, mas que o número real de vítimas da invasão russa da Ucrânia deverá ser muito superior.

Entre os mortos, há pelo menos 104 mulheres e 52 crianças, ao passo que no balanço de feridos foram contabilizadas pelo menos 77 mulheres e 63 menores de idade, segundo os números diariamente atualizados pelo organismo dirigido por Michelle Bachelet.

Nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk (tanto em zonas pró-russas como controladas pelas autoridades ucranianas), foram confirmadas 186 mortes, e as outras 540 foram-no em áreas sob o controlo de Kiev no resto da Ucrânia, incluindo a capital e cidades como Kherson, Mikolaiv, Odessa, Sumy, Zaporiyia, Dnipropetrovsk e Kharkiv.

O Alto-Comissariado teme que ataques noutras zonas que ainda não puderam ser verificados, entre os quais os ocorridos em cidades cercadas como Izium, Mariupol e Volnovakha, possam ter feito centenas de baixas.

A maioria das vítimas morreu ou sofreu ferimentos em ataques com engenhos explosivos de grande alcance, incluindo bombardeamentos com artilharia pesada e sistemas múltiplos de lançamento de 'rockets', salientou o organismo da ONU.

O direito internacional considera crimes de guerra os ataques militares indiscriminados a alvos civis como edifícios residenciais, escolas ou estabelecimentos de saúde.

A 4 de março, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução para criar uma comissão de investigação das possíveis violações do direito internacional cometidas pela Rússia na sua agressão à Ucrânia.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU - a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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