18 mar, 2022 - 10:21 • Redação com agências
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O Presidente russo acusou a Ucrânia de “atrasar” as negociações para acabar com o conflito e afirmou que as autoridades do país apresentam pedidos “que não são realistas”, durante uma conversa telefónica com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
“O regime de Kiev tenta por todos os meios adiar o processo de negociações, apresentando propostas que não são realistas”, afirmou Vladimir Putin, segundo um comunicado que resume a conversa entre ambos.
“Apesar disso, o lado russo está preparado para continuar a procurar uma solução em linha com as suas abordagens baseadas em princípios que todos conhecem”, refere o mesmo texto.
A primeira ronda aconteceu a 28 de fevereiro.
Já o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, em entrevista à Rússia Today, garante que a Rússia se vai ajustar às sanções impostas pelos países ocidentais.
Sergei Lavrov considera que “o Ocidente não é de confiar” e que Moscovo nunca aceitará uma visão do mundo dominado pelos Estados Unidos que agem como um “polícia do mundo”.
“Os Estados Unidos querem que o mundo pareça um saloon americano, onde os americanos dão as ordens”, disse.
Há muitos países, garantiu, que “não querem receber ordens do ‘Tio Sam'”.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.