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Ucrânia: Kiev apela a Pequim para “condenar barbárie russa” após novos ataques

19 mar, 2022 - 22:30 • Lusa

A Ucrânia apelou hoje à China para que "condene a barbárie russa", após novos ataques, inclusive com um novo míssil hipersónico anunciado pelo Presidente da Rússia, que fez dezenas de mortos

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A Ucrânia apelou hoje à China para que “condene a barbárie russa”, após novos ataques, inclusive com um novo míssil hipersónico anunciado pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que fez dezenas de mortos.

Os ataques aéreos russos sucederam-se, novamente, a um ritmo acelerado durante o dia em Mykolaiv, uma cidade no sul da Ucrânia onde dezenas de soldados foram mortos na sexta-feira num ataque contra um quartel do exército, segundo o governador local Vitaliy Kim, através das redes sociais.

De acordo com a agência France-Presse, Vitaliy Kim não avançou detalhes sobre a extensão dos danos ou o número de eventuais vítimas

No oeste do país, o ministro russo da Defesa afirmou ter utilizado novos mísseis hipersónicos “Kinjal”, vangloriados por Vladimir Putin, para destruir um depósito de armas subterrâneo.

“A Ucrânia, infelizmente, tornou-se um campo de testes para todo o arsenal de mísseis russos”, afirmou o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Iouri Ignat, em declarações ao ‘site’ Ukraïnska Pravda.

Num vídeo divulgado hoje na rede social Facebook, o governador Vitaliy Kim disse que os russos “realizaram covardes ataques com mísseis contra soldados adormecidos”, acrescentando que ainda está em curso uma operação de resgate, após a destruição de um quartel militar em Mykolaiv.

Segundo a agência France-Presse, um outro militar estimou que o ataque pode ter provocado 100 mortos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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