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Ucrânia: Rússia faz ultimato para que as forças ucranianas abandonem Mariupol

20 mar, 2022 - 22:31 • Lusa

A cidade sitiada de Mariupol, que tem sofrido episódios de bombardeio pesado das forças russas, está sem alimentos, água e energia. Os relatos que saem da localidade são de uma extrema violência e destruição, com cadáveres espalhados pelas ruas.

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A Rússia ordenou este domingo às forças ucranianas para que abandonem a cidade de Mariupol, cercada há semanas e em grande parte já destruída, até à manhã de segunda-feira.

O chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, Mikhail Mizintsev, anunciou, citado pela agência espanhola EFE, que todos os elementos do exército ucraniano poderão abandonar a cidade entre as 10h00 e as 12h00 (menos duas horas em Lisboa), bem como todos os “mercenários estrangeiros”.

De acordo com as autoridades russas, a partir das 12h00 poderão entrar caravanas humanitárias com alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade, tendo Mizintsev apelado ainda a organizações internacionais como as Nações Unidas e a Cruz Vermelha para que enviem representantes para supervisionar as retiradas de civis.

Outros jornalistas no terreno indicaram que o prazo estabelecido por Moscovo era as 05h00.

A cidade sitiada de Mariupol, que tem sofrido episódios de bombardeio pesado das forças russas, está sem alimentos, água e energia. Os relatos que saem da localidade são de uma extrema violência e destruição, com cadáveres espalhados pelas ruas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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