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"Não pode haver euros para os ocupantes”. Zelensky pede à UE fim do comércio com a Rússia

21 mar, 2022 - 11:38 • Lusa

Também a Irlanda e Lituânia querem sanções europeias ao petróleo russo. A medida foi defendida pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da Lituânia e da Irlanda, esta segunda-feira, no arranque de uma intensa semana de reuniões diplomáticas.

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O Presidente ucraniano apelou à União Europeia, em particular a Alemanha, para cessar todas as relações comerciais com a Rússia e recusar todos os seus recursos energéticos.

"Não pode haver euros para os ocupantes', fechem todos os vossos portos, não lhes enviem os vossos bens, recusem os recursos energéticos (da Rússia)", pediu Volodymyr Zelensky numa mensagem gravada em vídeo e difundida através da rede social Telegram.

"Sem relações comerciais com vocês, sem as vossas empresas e os vossos bancos, a Rússia ficará sem dinheiro para esta guerra", acrescentou o chefe de Estado da Ucrânia.

A divulgação das declarações de Zelensky coincide com a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia, em Bruxelas, que deve analisar eventuais novas sanções contra Moscovo.

O bloco europeu, dependente dos hidrocarbonetos russos, tem excluído até ao momento sanções contra o setor considerado muito importante para a Rússia.

"Por favor, não financiem as armas de guerra desse país, a Rússia", pediu Zelensky, dirigindo-se depois diretamente aos políticos alemães: "Vocês têm a força".

Irlanda e Lituânia querem sanções ao petróleo russo

Também a Irlanda e Lituânia querem sanções europeias ao petróleo russo. A medida foi defendida pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da Lituânia e da Irlanda, esta segunda-feira, no arranque de uma intensa semana de reuniões diplomáticas.

Bruxelas e os seus aliados ocidentais já impuseram quatro pacotes de sanções contra a Rússia, devido à sua invasão da Ucrânia, que incluem o congelamento dos ativos do seu Banco Central, mas a crise humanitária na sitiada cidade portuária de Mariupol, está a aumentar a pressão sobre a Europa para que faça mais.

"Olhando para a extensão da destruição na Ucrânia neste momento, é muito difícil defender que não devemos avançar no sector energético, particularmente no petróleo e no carvão", disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, Simon Coveney, citado pela agência Reuters.

O executivo de Berlim tem sido criticado pelos partidos da oposição alemães que pedem o embargo imediato aos hidrocarbonetos russos.

O Kremlin defendeu hoje que o eventual embargo europeu ao petróleo russo pode "atingir todo o mundo". A medida pode desencadear efeitos "muito sérios no mercado mundial de petróleo e uma influência nefasta sobre o mercado energético na Europa, mas os norte-americanos não vão perder nada, como é evidente", disse Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa.

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