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Não há sobreviventes no acidente aéreo no sul da China

22 mar, 2022 - 05:43 • Lusa

O Boeing 737-800 da companhia China Eastern Airlines, com 132 pessoas a bordo, caiu perto da cidade de Wuzhou.

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A televisão estatal chinesa CCTV informou, esta terça-feira, não terem sido encontrados sobreviventes do acidente do avião, que se despenhou numa área montanhosa no sul da China.

"Destroços do avião foram encontrados no local, mas, até agora, não foram encontrados sobreviventes", disse a CCTV, mais de 18 horas depois do acidente.

O Boeing 737-800 da companhia China Eastern Airlines, com 132 pessoas a bordo, caiu perto da cidade de Wuzhou, na região autónoma de Guangxi. O voo partiu da cidade de Kunming, na província de Yunnan, sudoeste da China, com destino final em Cantão, sul do país.

O acidente criou uma cratera na encosta da montanha, informou a agência de notícias oficial Xinhua, que citou a equipa de resgate.

A explosão causada pelo embate foi registada em imagens de satélite da agência espacial norte-americana NASA.

Veículos aéreos não tripulados (drones) estão a ser usados no local para tentar encontrar as "caixas-negras", que contêm os dados de voo e os gravadores de voz da cabina, essenciais para a investigação de acidentes.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu uma "operação de resgate completa", bem como uma investigação sobre as causas do acidente.

Modelo do avião posto em causa

A imprensa estatal informou que todos os modelos da Boeing 737-800 da frota da China Eastern estão parados, numa medida considerada incomum por especialistas em aviação, a menos que haja evidências de um problema com o modelo.

A China tem mais aviões 737-800 do que qualquer outro país, quase 1.200, e se o uso de aviões idênticos em outras companhias aéreas chinesas for interrompido, "poderia ter um impacto significativo nas viagens domésticas", disse o consultor de aviação IBA.

Estes aparelhos estão a ser utilizados desde 1998, tendo a Boeing vendido mais de 5.100 unidades.

Este modelo esteve envolvido em 22 acidentes, que danificaram os aviões de forma irreparável e causaram 612 mortos, de acordo com dados compilados pela Aviation Safety Network, um braço da Flight Safety Foundation.

"Existem milhares deles em todo o mundo. Certamente tem um excelente histórico de segurança", disse o presidente da fundação, Hassan Shahidi, sobre o 737-800.

A China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava um acidente aéreo com mais de cinco mortes desde 2010, até à queda do voo MU5735.

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