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Nobel da Paz russo quer leiloar medalha para ajudar refugiados

22 mar, 2022 - 11:50 • Redação com AFP

O jornalista russo Dmitry Muratov venceu o prémio, juntamente com a filipino-americana Maria Ressa, "pelos seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão".

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O jornalista russo Dmitry Muratov pretende leiloar a sua medalha do Nobel da Paz 2021 para angariar fundos para ajudar refugiados ucranianos, na sequência da guerra na Ucrânia.

A medalha, feita de uma liga de ouro e prata, será avaliada por uma casa de leilões e, posteriormente, vendida á licitação mais alta.
Dmitry Muratov afirmou que a Novaya Gazeta, o último meio de comunicação independente ainda em operação na Rússia, deseja ajudar "refugiados civis, crianças feridas e aqueles que estão doentes e precisam de tratamento urgente".
O jornal também pediu a concretização de medidas "imediatas" na Ucrânia, nomeadamente um cessar-fogo, a troca de prisioneiros, a devolução dos corpos dos mortos, o fornecimento de ajuda a civis e a criação de corredores humanitários.

No ano passado, Muratov revelou que ia doar a sua parte do Nobel da Paz a várias causas, incluindo jornalismo independente, um hospício de Moscovo e tratamento a crianças com problemas espinais, e que não manteria nada para ele próprio.

Dmitry Muratov venceu o Nobel da Paz de 2021 juntamente com a jornalista filipino-americana Maria Ressa. Um prémio "pelos seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma pré-condição da democracia e da paz duradoura", e como "representantes de todos os jornalistas num mundo em que a democracia e a liberdade da imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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