22 mar, 2022 - 08:00 • Redação com agências
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Sobreviveu aos campos de concentração nazis durante a II Guerra Mundial, mas foi vítima de uma bomba russa que atingiu a sua casa em Kharkiv. Borys Romanchenko morreu aos 96, revelou o governo da Ucrânia.
Enquanto adolescente esteve detido campos de concentração de Buchenwald, Peenemünde, Mittelbau-Dora e Bergen-Belsen, na Alemanha.
A notícia da da morte também foi confirmada pela fundação que administra os memoriais de Buchenwald e Mittelbau-Dora.
Romantschenko nasceu perto de Sumy, na Ucrânia, e trabalhou “intensivamente” em campanhas pela memória dos crimes nazis. Foi vice-presidente do Comité Internacional Buchenwald-Dora, lembrou a fundação numa nota, onde sublinhou estar profundamente consternada com a notícia.
“Em 2012, Boris Romanchenko (segundo a contar da direita na fotografia) leu o juramento de Buchenwald ‘criando um novo mundo onde reinam a paz e a liberdade’, durante as celebrações do aniversário da libertação deste campo nazi”, acrescentou a fundação na sua conta de Twitter.
Kharkiv tem sido um dos principais alvos das forças armadas russas desde que Moscovo deu início a uma invasão militar do território ucraniano.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.