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Guerra na Ucrânia

UE denuncia uso da água como "arma de guerra" pela Rússia

22 mar, 2022 - 23:22 • Lusa

Segundo responsáveis europeus, as forças russas estão a “cortar deliberadamente o acesso da população à água potável, utilizando a ameaça de desidratação para forçar a rendição da cidade e negando o acesso às necessidades mais básicas” em Mariupol cidade portuária, no sudeste da Ucrânia.

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A União Europeia (UE) denunciou esta terça-feira o uso da água "como uma arma de guerra" em Mariupol, com as forças russas a ameaçarem a população ucraniana "de desidratação" para forçar a capitulação daquela cidade estratégica.

“No Dia Mundial da Água, continuamos chocados que uma das muitas táticas hediondas do ataque russo à Ucrânia seja o uso da água como arma de guerra”, realçaram, em comunicado conjunto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o Comissário Europeu para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius.

Segundo estes responsáveis europeus, as forças russas estão a “cortar deliberadamente o acesso da população à água potável, utilizando a ameaça de desidratação para forçar a rendição da cidade e negando o acesso às necessidades mais básicas” em Mariupol cidade portuária, no sudeste da Ucrânia.

“A agressão injustificada e não provocada da Rússia contra a Ucrânia mostra como é crucial conter os impactos ambientais do conflito e evitar a apropriação e superexploração dos recursos hídricos”, alertaram, citados pela agência EFE.

Borrell e Sinkevicius apontaram ainda que, à medida que a água de boa qualidade se torna mais escassa, a “falta de tratamento de águas residuais e o número crescente de bombardeamentos em infraestruturas civis, como ataques a indústrias químicas, criam riscos adicionais e pioram ainda mais a qualidade da água doce”.

“Cada gota conta. Água potável e saneamento são direitos humanos essenciais”, vincaram, pedindo à Rússia que respeite os corredores humanitários e permita a retirada da população civil “para outras partes da Ucrânia”.

Na nota de imprensa os responsáveis também exigiram a Moscovo que “permita com urgência” a chegada de assistência humanitária à Ucrânia e o fim imediato das ações militares.

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