25 mar, 2022 - 23:19 • Lusa
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As forças ucranianas lançaram uma contra-ofensiva na cidade ucraniana de Kherson (sul), o único centro urbano completamente conquistado pelas tropas de Moscovo, que agora é “disputada” pelos intervenientes, disse hoje um alto funcionário do Pentágono.
“Os ucranianos estão a tentar recuperar Kherson. Não podemos dizer exatamente quem está a controlar Kherson, mas não está mais de forma sólida sob o controlo russo”, disse à agência de notícias AFP a autoridade norte-americana, que pediu anonimato.
Tomada em 3 de março pelos militares russos, esta cidade estratégica localizada na foz do rio Dnieper, onde as manifestações foram violentamente reprimidas, “é novamente um território disputado”, indicou.
De acordo com o alto funcionário do Pentágono, se os ucranianos conseguissem recuperar o controlo de Kherson, as posições russas em torno de Mykolaiv encontrar-se-iam “ensanduichadas” entre aqueles que defendem as duas cidades.
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Os russos teriam “muitos problemas para progredir em terra em direção a Odessa”. “Seria um desenvolvimento importante”, observou.
Os conflitos também opõem as forças russas à resistência ucraniana nas localidades de Bucha e da cidade de Irpin, nos arredores do noroeste de Kiev, segundo informações do Pentágono.
“Observamos intensos combates” nesta área. “Os ucranianos estão a tentar desalojar os russos de Bucha e Irpin”, anotou.
Numa altura em que parece que o Exército russo parece estar parado, a Força Aérea da Rússia está a aumentar os bombardeios, em particular na região de Kiev, em Chernihiv (norte) e ao redor das regiões separatistas de Donbass, de acordo com o funcionário do Pentágono.
Os bombardeios também são cada vez mais destrutivos à medida que os ‘stocks’ de mísseis de precisão do Exército russo diminuem, disse, observando, no entanto, que ainda tem mais de 50% de ‘stock’ de mísseis.
Entrevista
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A Rússia também está a mobilizar as tropas dos territórios separatistas das Geórgia para enviá-las para a Ucrânia.
“Temos indicações de eles [russos] estão a tentar enviar reforços da Geórgia”, alertou.
“Detetamos movimentações de vários soldados da Geórgia, não temos o número exato”, referiu, acrescentando que não poderia dar mais detalhes sobre a data da sua possível chegada ao teatro de guerra.
Após um conflito com a Geórgia em 2008, a Rússia reconheceu unilateralmente a independência de dois territórios separatistas georgianos pró-Rússia, Abkhazia e Ossétia do Sul, estabelecendo bases militares naqueles locais.
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