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Irão pede “realismo” aos Estados Unidos para recuperar acordo de 2015

27 mar, 2022 - 16:00 • Lusa

O Irão negoceia com a Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China, com a participação indireta dos Estados Unidos, para restaurar o acordo nuclear de 2015, que limitava o programa atómico do país em troca do levantamento das sanções e firmado após anos de negociações.

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O negociador nuclear do Irão pede uma atitude "realista" aos Estados Unidos para recuperar o acordo assinado em 2015, no decurso de uma reunião em Teerão com Enrique Mora, diretor político do Serviço europeu de ação externa.

"Podemos alcançar um acordo se a parte americana for realista", disse Ali Bagheri Kani após o encontro com Mora, coordenador europeu das conversações sobre o acordo nuclear, indicou em comunicado o ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Bagheri e Mora "trocaram pontos de vista sobre a situação das conversações em Viena e discutiram as questões em aberto" para concluir um acordo que limite o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.

Mora, que chegou no sábado a Teerão, antes de uma deslocação a Washington, também se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hosein Amir Abdolahian.

O chefe da diplomacia iraniana afirmou no sábado que entre as questões pendentes mais importantes para preservar o acordo estão as sanções à Guarda Revolucionária, um corpo militar de elite sujeito desde 2019 a sanções norte-americanas.

A visita de Mora ocorre num momento em que as conversações estão suspensas, após a Rússia ter pedido garantias por escrito de que as relações comerciais e militares com Teerão não serão afetadas pelas sanções impostas a Moscovo devido à invasão militar da Ucrânia.

De acordo com a Rússia, os Estados Unidos terão fornecido essas garantias, mas agora o Irão insiste que a atitude dos norte-americanos não está a permitir que o acordo seja concluído.

O Irão negoceia com a Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China, com a participação indireta dos Estados Unidos, para restaurar o acordo nuclear de 2015, que limitava o programa atómico do país em troca do levantamento das sanções e firmado após anos de negociações.

Em 2018 a administração do ex-Presidente Donald Trump abandonou o acordo e reimpôs pesadas sanções a Teerão, que um ano depois respondeu com a aceleração dos seus esforços nucleares e o enriquecimento de urânio.

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