28 mar, 2022 - 11:50 • Redação com agências
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O Kremlin considerou esta segunda-feira que o presidente dos EUA, Joe Biden, fez comentários preocupantes quando chamou o presidente russo, Vladimir Putin, de “carniceiro”.
“Esta declaração é, sem dúvida, alarmante”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, antes de advertir que Moscovo vai continuar a “monitorizar de perto” as declarações de Biden.
O Presidente norte-americano afirmou no sábado em Varsóvia que o seu homólogo russo Vladimir Putin não deve permanecer no poder após ter desencadeado a invasão da Ucrânia. "Por amor de Deus, esse homem não pode permanecer no poder", disse Biden durante um discurso no castelo real de Varsóvia, depois de já o ter chamado de "carniceiro".
O secretário de Estado norte-americano já aproveitou para clarificar e suavizar estas palavras.
Ainda segundo o Kremlin, as negociações entre as delegações de Kiev e de Moscovo não resultaram, até ao momento, em grandes avanços, numa altura em que os dois países preparam-se para voltar esta semana à mesa das negociações, em Istambul.
“Até agora, não podemos afirmar que há resultados ou avanços significativos”, disse Dmitry Peskov, durante a conferência de imprensa diária.
"Por enquanto não podemos e não vamos falar de progresso", acrescentou.
Peskov afirmou que as delegações dos dois países chegam à Turquia esta segunda-feira e que é "improvável" que as negociações sejam retomadas no mesmo dia. Assim, a nova ronda deve arrancar na terça-feira.
Ucrânia
Zelenskiy proferiu estas declarações numa entrevis(...)
Entretanto, a Ucrânia fez saber que não vai abrir corredores humanitários hoje.
Depois de os serviços secretos da Ucrânia terem reportado a possibilidade de haver “provocações” russas ao longo do percurso, Kiev decidiu não abrir corredores humanitários, avança a Reuters, citando a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.