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UE condena proibição de raparigas nas escolas do ensino secundário no Afeganistão

28 mar, 2022 - 23:38 • Lusa

Da primeira vez que estiveram no poder no Afeganistão, entre 1996 e 2001, os fundamentalistas mantiveram uma rígida interpretação do islão, impedindo as meninas de irem à escola e encerrando as mulheres nos seus lares.

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A União Europeia (UE) condenou hoje o Afeganistão por manter a proibição de acesso de raparigas às escolas do ensino secundário, sublinhando que “não há nenhuma razão religiosa ou social” que o justifique.

“Isto é uma flagrante violação do direito fundamental à educação para todas as crianças, consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em vários instrumentos internacionais sobre direitos humanos dos quais o Afeganistão é Estado-membro”, afirmou o Conselho Europeu em comunicado.

Na semana passada, os talibãs decidiram impedir o esperado regresso das adolescentes às escolas do ensino secundário, apesar das múltiplas promessas oficiais neste sentido.

A decisão foi anunciada, sem qualquer justificação, horas após a esperada reabertura das escolas e quando muitas alunas já se encontravam nas salas de aulas.


A União Europeia alerta que mais de um milhão de raparigas afegãs são afetadas por esta decisão e manifestou-lhes total apoio.

Para a UE, esta proibição também descredibiliza as autoridades talibãs aos olhos da comunidade internacional.

Desde que assumiram o poder há sete meses, os talibãs já impuseram numerosas restrições às mulheres, que foram excluídas de muitos empregos públicos, controladas na forma de se vestir e impedidas de viajar sem um guardião masculino.

Detiveram também muitas militantes que se manifestaram pelos direitos das mulheres.

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