29 mar, 2022 - 09:00 • Olímpia Mairos com agências
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O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan defendeu, esta terça-feira, ser preciso “pôr termo a esta tragédia” e regressar de novo à paz.
O chefe de Estado falava aos negociadores da Rússia e da Ucrânia antes do arranque da nova ronda de negociações que decorre em Istambul.
Segundo a BBC, as delegações estão sentadas à mesa, frente a frente.
Erdogan manifestou a sua “profunda tristeza”, numa altura em que o conflito entrou na quinta semana, afirmando que foi a amizade da Turquia com ambos os países que o levou a tentar mediar o conflito.
Para o Presidente turco, a Rússia e a Ucrânia “têm ambas preocupações legítimas” e deixa um apelo. “Está nas mãos de ambos os lados parar essa tragédia”, disse, sublinhando que “a paz não terá um perdedor”.
Uma “paz justa não terá um perdedor, o conflito não beneficia ninguém”, disse Erdogan que pediu um cessar-fogo imediato.
“Num momento tão crítico, temos o prazer de recebê-los e contribuir para estabelecer a paz”, continuou o Presidente, desejando que “as reuniões e discussões se revelem auspiciosas” para os dois países, para a região e para toda a humanidade.
A Turquia é membro da NATO, mas mantém fortes laços com a Rússia. Erdogan resistiu a aderir às sanções do Ocidente contra Moscovo.
A ronda negocial decorre depois das primeiras notícias publicadas nos Estados Unidos sobre o eventual envenenamento do oligarca Roman Abramovich, com nacionalidade russa, israelita e portuguesa, que está a tentar mediar negociações entre Moscovo e Kiev para pôr fim à guerra na Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos e 1.650 feridos, provocando a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
António Monteiro, embaixador e antigo ministro dos(...)