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Kremlin diz ser "impossível" isolar a Rússia no mundo contemporâneo

03 abr, 2022 - 16:58 • Lusa

"A própria Rússia é muito maior que a Europa", diz porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

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O Kremlin declarou hoje ser "impossível" isolar a Rússia no mundo contemporâneo, quando o país é alvo de uma série de sanções ocidentais sem precedentes devido à invasão russa na Ucrânia.

"Não pode haver isolamento da Rússia, é tecnologicamente impossível no mundo contemporâneo", assegurou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em entrevista ao canal de televisão público Rossiya 1, da qual trechos foram divulgados por agências de notícias russas.

"A própria Rússia é muito maior que a Europa", acrescentou Peskov.

As sanções internacionais contra a Rússia continuam a multiplicar-se desde o início da sua "operação militar" na Ucrânia em 24 de fevereiro.

"Mas mais cedo ou mais tarde teremos que estabelecer um diálogo, quer queira alguém do outro lado do Atlântico quer não", sublinhou Peskov.

O porta-voz russo também lembrou que o Presidente russo, Vladimir Putin, "nunca se recusou a encontrar-se" com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para alcançar uma forma de terminar com as hostilidades na Ucrânia.

"Hipoteticamente, tal reunião é possível", disse Peskov, enfatizando que as delegações russa e ucraniana que participam nas negociações de paz devem primeiro elaborar um acordo "concreto" para normalizar as relações entre os dois países.

"Não um número de ideias, mas um documento escrito concreto", insistiu.

O negociador-chefe russo, Vladimir Medinski, declarou hoje que era muito cedo para se organizar uma reunião entre Putin e Zelensky.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Comentários
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  • Digo
    03 abr, 2022 Eu 17:39
    A guerra já teria terminado, ou no mínimo, as negociações de paz efetivas já tinham começado, se não houvesse uma gritante falta de coragem a Ocidente. Bastaria parar de imediato a totalidade das importações de gás, petróleo e carvão da Rússia, reativar as centrais nucleares e térmicas que pararam, e caso isso não bastasse, porque não colocar mesmo a tal zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia? Porque isso seria a guerra com a Rússia? Uma guerra nuclear não seria de certeza, que o Putin é ambicioso mas não louco para arriscar perder tudo e ficar sem nada. E guerra convencional, com o festival de incompetência, desorganização e ineficiência que o Exército Russo tem mostrado contra um adversário muito inferior, também duvido seriamente que houvesse. E se houvesse, a NATO, com armamento de qualidade muito superior, trituraria este exército Russo, que só é "rolo compressor" no papel. Então, estão à espera do quê para dar armas ofensivas ao Zelensky, e cortar os fundos ao Putin?
  • Cidadao
    03 abr, 2022 Lisboa 16:19
    Claro que o Ocidente não quer isolar a Rússia, só queremos é defender-mo-nos dela. E estamos sempre prontos para o diálogo em negociações pela Paz em que as primeiras premissas, são um cessar-fogo geral imediato, a retirada incondicional e imediata de todas as forças russas de território Ucraniano incluindo a Crimeia e o Donbass e obviamente o pagamento de uma indemnização de guerra nunca inferior a 200 000 Milhões de dólares, pela destruição do País, isto para começo de conversa. O resto - Ucrânia na NATO e na UE, fronteiras desmilitarizadas de AMBOS os países, criminosos de guerra julgados e condenados em tribunais internacionais, devolução das populações Ucranianas levadas para a Rússia como reféns, etc, virá depois

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