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Kramatorsk. Sobe para 52 o número de mortos do ataque a uma estação de comboios

08 abr, 2022 - 10:45 • Cristina Nascimento

Presidente ucraniano já condenou o ataque na rede social Instagram, publicou fotografias e vídeos. Rússia nega que seja responsável por este ataque.

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Um bombardeamento da estação de comboios da cidade de Kramatorsk fez pelo menos 52 mortos e mais de uma centena de feridos. A informação mais recente foi atualizada pelo governador de Donetsk, citado pela Agência Reuters. Entre as vítimas mortais estão pelo menos cinco crianças

Segundo este responsável, "milhares de civis" estavam na estação no momento do ataque.

"Dois 'rockets' atingiram atingiram a estação de comboios de Kramatorsk", revelou a empresa ferroviária em comunicado.

Segundo a imprensa internacional, que cita o governador Pavlo Kyrylenko, no momento do ataque estavam milhares de pessoas na estação que procuravam fugir para outras zonas do país mais resguardadas.

Já o diretor da Ukrzaliznytsia, companhia de caminhos de ferro da Ucrânia, Oleksandre Kamychine, fala num “ataque deliberado”.

O presidente ucraniano Zelenskyi também já se pronunciou sobre este ataque considerando que as força militares russas estão a destruir "cinicamente a população civil".

O Ministério da Defesa russo já veio negar que as forças de Moscovo fossem responsáveis por este ataque em Kramatorsk, informou a agência de notícias russa RIA.

Avança que o tipo de míssil utilizado no ataque é usado apenas pelos militares ucranianos e semelhante ao que atingiu o centro da cidade de Donetsk a 14 de março, matando 17 pessoas.

Esta sexta-feira de manhã o mesmo ministério tinha reivindicado ataques alegadamente dirigidos a armamento que está a chegar a região de Donbass em três estações de comboios, Pokrovsk, Slavyansk e Barvenkovo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis e feriu 2.227, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

[notícia atualizada às 01h15]

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