Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Guerra na Ucrânia

Olaf Scholz diz que Putin "é responsável" por crimes de guerra

19 abr, 2022 - 21:11 • Lusa

Após uma videoconferência com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e vários líderes europeus, o chanceler alemão realçou o dever de "impedir o alastramento da guerra a outros países" e reiterou que a NATO não "intervirá diretamente na guerra".

A+ / A-

O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou esta terça-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, "é responsável" por crimes de guerra na Ucrânia que fizeram milhares de mortos entre a população civil.

"A invasão russa da Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional", e a morte de milhares de civis constitui "crimes de guerra pelos quais o Presidente russo é responsável", sustentou Scholz numa conferência de imprensa em Berlim, após uma videoconferência com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e vários dirigentes europeus, entre os quais os chefes de Estado francês, Emmanuel Macron, e polaco, Andrzej Duda, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Sentimos uma dor imensa pelas vítimas e também grande raiva contra o Presidente russo e esta guerra sem sentido", acrescentou.

Na reunião, os dirigentes reafirmaram a sua "total solidariedade e apoio" à Ucrânia.

O chefe do executivo alemão sublinhou que também é dever deles "impedir o alastramento da guerra a outros países" e reiterou que a NATO não "intervirá diretamente na guerra".

O social-democrata Olaf Scholz é muito criticado na Alemanha, incluindo dentro do seu Governo de coligação com os Verdes e os Liberais, pelas suas alegadas reticências em fornecer à Ucrânia o armamento pesado que esta lhe pediu.

Até agora, Berlim só forneceu armas defensivas a Kiev.

Questionado sobre artilharia pesada, como tanques e blindados, o chanceler manteve-se evasivo, reiterando que a Alemanha não tem intenção de "agir sozinha" e insistindo que tais decisões são tomadas em estreita concertação com os aliados.

O exército alemão, a Bundeswehr, já não tem muitas armas em 'stock' que possa enviar para a Ucrânia, justificou, indicando que o Governo e a indústria da Defesa estão, neste momento, a trabalhar na elaboração de uma lista de material militar que poderão fornecer a Kiev, sem especificar de que tipo de armas se trata.

O executivo alemão anunciou na sexta-feira passada que tenciona desbloquear mais de mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia, também sem dizer exatamente para que servirá o dinheiro e o período de tempo durante o qual esse acréscimo orçamental será disponibilizado.

A Alemanha procura assim responder às crescentes críticas das autoridades ucranianas, mas também de alguns dos seus parceiros da União Europeia (UE), como a Polónia e os Estados bálticos, sobre a sua aparente falta de apoio a Kiev em matéria de armamento.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    20 abr, 2022 Lisboa 09:40
    A torneira do gás está a fechar e os túbaros da Alemanha a encolher, não é Scholz?

Destaques V+