21 abr, 2022 - 11:47 • Marta Grosso
O primeiro-ministro espanhol diz-se “comovido a confirmar o horror e as atrocidades da guerra de Putin”. São estas as palavras de Pedro Sanchez no Twitter, numa publicação com um vídeo sobre a sua visita a Borodyanka.
O chefe do executivo chegou nesta quinta-feira a Kiev, juntamente com a sua homóloga dinamarquesa, Mette Frederiksen, numa deslocação rodeada de segurança e cheia de secretismo, que começou com uma viagem de avião até à Polónia e continuou com uma outra, de comboio, durante várias horas, até à capital ucraniana.
Pedro Sanchez e Mette Frederiksen já foram recebidos pela vice-primeira-ministra ucraniana, Olga Stefanishina, e têm encontro marcado com o Presidente, Volodomyr Zelensky.
Mas, antes, os dois líderes europeus andaram pelas ruas de Borodyanka, nos arredores de Kiev e severamente atingida pela Rússia. Chegou mesmo a ser descrita como “outra Bucha”, face à destruição e ao massacre infligido pelas tropas russas.
Nesta quinta-feira, foram encontrados os corpos de nove ucranianos com evidentes sinais de tortura, segundo as autoridades locais.
“Não deixaremos o povo ucraniano sozinho”, expressou Sanchez nas redes sociais.
A deslocação a Kiev e o encontro com o Presidente ucraniano são também um sinal do apoio de Espanha à Ucrânia e o repúdio à guerra promovida por Moscovo. Nesse sentido, o primeiro-ministro espanhol irá dizer a Zelensky que poderá continuar a contar com a ajuda humanitária e militar de Madrid.
A Ucrânia diz-se pronta para uma ronda especial de negociações com a Rússia sobre a situação em Mariupol – cidade donde começaram a sair, nesta quinta-feira de manhã, autocarros com civis devido à invasão russa.