23 abr, 2022 - 13:15 • José Pedro Frazão enviado especial da Renascença à Ucrânia
“Um silvo enorme ouviu-se no centro histórico de Odessa – e era um míssil”, descreve o enviado da Renascença, que ouviu três explosões. A cidade foi atacada com quatro mísseis, dois atingiram alvos e outros dois foram intercetados.
Tudo aconteceu sem um alarme antiaéreo prévio ucraniano. Agora, a proteção civil pede aos habitantes para ficarem nos abrigos.
Foram atingidos dois prédios e uma instalação militar, havendo confirmação de pelo menos, seis mortos e 18 feridos.
“O único objetivo do ataque a Odessa é provocar terror. A Rússia tem que ser designada como um Estado que patrocina o terrorismo e ser tratado de acordo com isso. Precisamos de um muro entre a civilização e os bárbaros que atacam cidades pacíficas com mísseis”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Dmitry Kuleba através da sua conta no twetter.
Até agora a cidade estava a ser poupada aos bombardeamentos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, ao argumentar a necessidade de defender a população russófona local, bem como “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
A ONU confirmou a morte de mais de 2.000 civis em quase dois meses.
A guerra levou mais de cinco milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, havendo ainda sete milhões de deslocados no país, segundo a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[notícia atualizada às 18h00]