25 abr, 2022 - 15:39 • José Pedro Frazão, enviado especial à Ucrânia
Os alarmes antiaéreos soaram esta segunda-feira de manhã em toda a Ucrânia. As forças armadas dizem ter derrubado dois mísseis que sobrevoavam a Ucrânia Ocidental.
Cinco estações ferroviárias no centro e oeste da Ucrânia foram atacadas esta manhã. A informação preliminar aponta para alvos em áreas de mercadorias e não de passageiros. Não há indicação de feridos ou mortos, mas o ataque com mísseis russos provocou perturbações na circulação de comboios.
Na última noite, nove mísseis atingiram uma refinaria de petróleo e uma central termoeléctrica na região de Poltava, fazendo um morto e sete feridos. O ataque vai provocar problemas no fornecimento de eletricidade a esta zona da Ucrânia.
Os combates mais ferozes ocorrem no Donbass. Na região de Luhansk, os ataques russos provocaram incêndios em três prédios e quatro vivendas. Uma refinaria foi bombardeada.
A região está sem eletricidade.
Na região de Donetsk, as autoridades ucranianas falam em bombardeamento com armas pesadas que fizeram cinco mortos, incluindo duas criança
Também foram registados bombardeamentos no sudeste nas aldeias de Kherson onde ucranianos tentam reconquistar território ocupado pelos russos.
Do outro lado da fronteira, em território da Rússia, as forças ucranianas atingiram depósitos de petróleo e um oleoduto em Bryansk, cidade que fica a meio caminho entre Kiev e Moscovo, a 380 quilómetros da capital russa.
O objetivo ucraniano é interferir com as exportações de petróleo russo para a Europa. O ataque foi muito saudado em diversas redes sociais ucranianas como um sucesso importante na guerra.
A Ucrânia desconfia da Rússia e recusa dar acordo a um corredor humanitário para retirar civis da metalúrgica Azovstal, em Mariupol, onde há várias semanas subsiste uma bolsa de resistência ucraniana.
A Rússia anunciou que suspendia as hostilidades para permitir uma evacuação de civis, mas a vice-primeira-ministra da Ucrânia acabou por negar essa operação.