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Ucrânia

Zelenskiy a jornalistas russos: "Estamos prontos a aceitar a neutralidade"

27 mar, 2022 - 21:42 • Lusa

Zelenskiy proferiu estas declarações numa entrevista por videoconferência, que se prolongou por mais de hora e meia, com jornalistas da cadeia televisiva da oposição Dojd, do 'site' independente Meduza, bloqueado na Rússia, e do diário Kommersant.

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A questão da "neutralidade" da Ucrânia, um dos pontos centrais das negociações com a Rússia para terminar o conflito, é "estudada em profundidade", assegurou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, numa entrevista a 'media' russos.

Uma das cláusulas das negociações aborda as "garantias de segurança e a neutralidade, o estatuto desnuclearizado do nosso Estado", declarou nesta entrevista em linha difundida na cadeia Telegram da administração presidencial ucraniana.

"Estamos prontos a aceitá-la", prosseguiu. "Este ponto das negociações (...) está em discussão, é estudado em profundidade", assegurou.

"Mas não pretendo que seja um papel do estilo dos memorandos de Budapeste", acrescentou, numa alusão aos acordos assinados pela Rússia em 1994 que garantia a integridade e a segurança de três repúblicas soviéticas, incluindo a Ucrânia, em troca do abandono das armas nucleares herdadas da União Soviética.

Um dos negociadores ucranianos, David Arakhamia, indicou hoje que as duas partes voltam a encontrar-se na segunda-feira, na Turquia, para nova ronda negocial.

Citado pelas agências noticiosas do país, o chefe da equipa de negociadores russos, Vladimir Medinski, também confirmou um novo encontro, mas disse que iria decorrer entre terça-feira e quarta-feira, sem precisar o local.

Na noite de hoje, a presidência turca revelou que as negociações vão decorrer em Istambul.

Zelenskiy proferiu estas declarações numa entrevista por videoconferência, que se prolongou por mais de hora e meia, com jornalistas da cadeia televisiva da oposição Dojd, do 'site' independente Meduza, bloqueado na Rússia, e do diário Kommersant.

Na Rússia, o regulador russo das telecomunicações Roskomnadzor intimou em comunicado os media russos a não publicarem esta entrevista e indicou que foi aberto um inquérito contra os participantes na entrevista.

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