24 mar, 2022 - 07:47 • Olímpia Mairos
No dia em que passa um mês da ofensiva militar da Rússia, o Presidente da Ucrânia pede aos cidadãos de todo o mundo para saírem às ruas em manifestações de apoio aos ucranianos, à liberdade e à vida
Num vídeo - divulgado na última madrugada - em inglês, Volodymyr Zelenskiy agradece a todos os que agem a favor da Ucrânia, mas lembra que a guerra e os atos de terror contra pessoas pacíficas continuam. E, por isso, lança um apelo ao Ocidente.
“A partir do dia 24 de março, exatamente um mês depois da invasão russa. A partir desse dia e depois. Mostrem a vossa posição. Saiam dos vossos escritórios, das vossas casas, das vossas escolas e universidades. Venham em nome da paz. Venham com símbolos ucranianos, para apoiar a Ucrânia, para apoiar a liberdade, para apoiar a vida. Venham para as vossas praças, para as vossas ruas”, apela.
Na visão de Volodymyr Zelenskiy, “a guerra da Rússia não é apenas uma guerra contra a Ucrânia. O seu significado é muito mais abrangente”.
“A Rússia começou uma guerra contra a liberdade como a conhecemos. Isto é apenas o início, para a Rússia, no território ucraniano. A Rússia está a tentar derrotar a liberdade de todas as pessoas na Europa, de todas as pessoas do mundo. Está a tentar mostrar que apenas a força bruta e cruel importa. Está a tentar mostrar que as pessoas não importam, nem tudo aquilo que nos torna humanos”, alerta o Presidente ucraniano.
É por isso que Zelenskiy defende que “todos devemos parar a Rússia. O mundo tem de parar a guerra”.
O Presidente ucraniano agradece “a todos os que agiram em apoio da Ucrânia, em defesa da liberdade”, lembrando que a guerra prossegue.
“Os atos de terror contra um povo pacífico continuam. Já lá vai um mês. É longo. Parte-me o coração, o coração de todos os ucranianos e o coração de todas as pessoas livres do planeta”, afirma.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de março pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,6 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.