30 abr, 2022 - 20:47 • João Carlos Malta
O líder do departamento de não-proliferação nuclear do Ministério de Negócios Estrangeiros da Rússia disse que uma guerra nuclear nunca deveria acontecer. E acrescenta que a Rússia está a tentar obter entendimentos entre as potências nucleares para evitá-la.
Vladimir Yermakov disse à agência de notícias russa Tass que os riscos de uma guerra nuclear "devem ser minimizados, em particular, evitando qualquer conflito armado entre potências nucleares".
O mesmo responsável citou um acordo prometendo evitar a guerra nuclear, alcançado em janeiro por EUA, Rússia, China, França e Reino Unido.
No entanto, alertou que a "troika" nuclear ocidental [EUA, Reino Unido e França] está a "escorregar para outras posições", assim como a NATO ao "posicionar-se como uma aliança nuclear".
Yermakov também afirmou que o diálogo sobre estabilidade estratégica com os EUA está atualmente "congelado do lado americano".
No início desta semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, alertou o Ocidente para não subestimar os riscos de um conflito nuclear.
As forças russas controlam a maior central nuclear(...)
Mas ontem um alto funcionário da defesa dos EUA disse que os EUA não acreditam que haja uma ameaça de a Rússia usar armas nucleares.
Os combatentes ucranianos sitiados por forças russas dentro da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, confirmaram que um grupo de civis conseguiu deixar o local.
O vice-comandante do batalhão Azov da Ucrânia, Sviatoslav Palamar, disse que o grupo de 20 pessoas - incluindo mulheres e crianças - foi transferido para um "lugar adequado".
Antes, os média estatais russos avançaram que 25 pessoas foram levadas do interior da fábrica.
Moscovo está sob intensa pressão internacional para permitir a saída de civis.
Acredita-se que centenas de pessoas estejam abrigados na unidade fabril - o último local controlado por militares ucranianos em Mariupol.