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Guerra na Ucrânia

Boris Johnson fala ao parlamento ucraniano: “A Ucrânia vencerá e será livre”

03 mai, 2022 - 14:01 • Diogo Camilo

Primeiro-ministro britânico tornou-se no primeiro líder do Ocidente a dirigir-se à Verkhovna Rada. Garantindo que esta é "a hora da Ucrânia", Boris diz que o “mito de invencibilidade de Putin explodiu”.

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tornou-se esta terça-feira o primeiro líder do Ocidente a dirigir-se ao parlamento ucraniano desde o início do conflito no país, a 24 de fevereiro. Em discurso por videoconferência, repetiu palavras de Winston Churchill e garantiu que a Ucrânia “irá vencer” a Rússia e “ficará livre”.

“Quando o meu país enfrentou a ameaça de invasão durante a Segunda Guerra Mundial, o nosso parlamento, tal como o vosso, continuou a encontrar-se durante o conflito e o povo britânico mostrou uma tal unidade e determinação que lembramos os nossos momentos de maior perigo como os nossos melhores momentos. Esta é a hora da Ucrânia, que será lembrada e contada às próximas gerações”, disse Boris à Verkhovna Rada.

“Os vossos filhos e netos vão dizer que os ucranianos ensinaram ao mundo que a força bruta de um agressor de nada vale contra a força moral de um povo determinado a ser livre.”

Para o líder do governo do Reino Unido, “a irresistível força da máquina de guerra de Putin foi quebrada por um objeto inamovível que é o patriotismo e amor ucraniano”, indicando que o país de tudo fará para responsabilizar a Rússia pelos crimes de guerra praticados na Ucrânia.

Boris Jonhson deixou ainda uma palavra à coragem do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e soldados e civis ucranianos que enfrentam forças russas, garantindo que a Ucrânia “vencerá e será livre”.

“Os vossos agricultores tomaram tanques russos com os seus tratores. Os vossos idosos disseram aos soldados russos para ‘saltar’ dali, como lhe chamamos. E apesar de estarem em menor número, os vossos militares lutaram com a energia e a coragem de leões”, afirmou o primeiro-ministro britânico, acrescentando que o “mito de invencibilidade de Putin explodiu”.

O chefe de governo do Reino Unido anunciou ainda detalhes sobre o plano de 356 milhões de euros em ajuda militar a Kiev durante a sua intervenção, que inclui doações de 13 veículos armados para a retirada de civis de zonas de conflito, bem como sistemas de radar, equipamento de GPS e visão noturna e drones aéreos de apoio logístico às forças armadas ucranianas.

Até agora, o Reino Unido forneceu à Ucrânia 5.000 mísseis antitanque, cinco sistemas de mísseis antiaéreos com mais de 100 mísseis e 4,5 toneladas de explosivos.

A 9 de abril, Boris Johnson fez uma visita surpresa a Kiev, onde caminhou pelas ruas desertas da capital ao lado do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O Reino Unido anunciou também no final de abril que reabriria "muito em breve" a sua embaixada em Kiev, que foi deslocada desde o início do conflito.

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