07 mai, 2022 - 05:25 • Redação com Lusa
Os Estados Unidos estão a investigar 109 casos de hepatite aguda em crianças, sendo que cinco resultaram em morte. O anúncio foi feito esta sexta-feira pelas autoridades de saúde norte-americanas.
Em conferência de imprensa, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças revela que foram detetados casos de inflamação grave do fígado em 25 estados e territórios dos EUA.
As crianças afetadas têm em média dois anos.
Na Europa, foram identificados mais de 200 casos. A maioria das crianças afetadas não eram elegíveis para serem vacinadas contra a Covid-19, esclareceu Jay Butler, vice-diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças.
"A vacinação contra a Covid-19 não é a causa" desta doença, garantiu Jay Butler. O responsável por doenças infecciosas adiantou ainda que a infeção por Covid-19 não foi descartada como uma causa provável.
O Centro de Prevenção e Controlo de Doenças está a seguir o rasto de um certo tipo de adenovírus, que são bastante comuns, mas que não eram conhecidos por causar hepatite em crianças saudáveis.
Foi confirmado que mais da metade das crianças afetadas nos Estados Unidos testaram positivo para o chamado adenovírus "tipo 41". "Os investigadores estão a trabalhar o mais afincadamente possível para determinar a causa”, assegurou.
Portugal já registou seis casos suspeitos de estarem incluídos no surto de hepatite infantil aguda identificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dois dos casos estão ainda em investigação, contabilizou esta sexta-feira a Direção-Geral de Saúde.
O surto "de origem desconhecido" foi anunciado pela OMS a 15 de abril e afeta crianças com idades entre um e 16 meses, com inflamação do fígado e, em muitos casos, sintomas gastrointestinais como dores abdominais, diarreia e vómitos, e elevação das enzimas do fígado.
A OMS registou 228 casos suspeitos de hepatite aguda de origem desconhecida em crianças em 20 países de várias partes do mundo, afastando, por isso, a sua ligação a uma área geográfica específica.