08 mai, 2022 - 21:38 • Lusa
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, disse hoje em Kiev que o Presidente russo, "Vladimir Putin, é responsável por odiosos crimes de guerra", após se ter deslocado a Irpin, cidade onde a Ucrânia acusa a Rússia de massacres de civis.
"É claro que Vladimir Puitn é responsável por estes odiosos crimes de guerra", afirmou Trudeau durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Deverá prestar contas", acrescentou, alguns momentos após ter seguido por videoconferência uma reunião do G7 na companhia do seu anfitrião.
Antes disso, ao início da tarde, Justin Trudeau deslocou-se a Irpin, nos arredores de Kiev, uma localidade devastada pelos intensos combates entre os exércitos ucraniano e russo, anunciou Oleksandre Markuchine, o responsável municipal local.
"[Justin Trudeau] veio a Irpin para ver com os seus próprios olhos todos os horrores que os ocupantes russos fizeram à nossa cidade", escreveu Markuchine na rede social Telegram, acompanhando a sua mensagem com fotos onde surge com Trudeau na cidade destruída.
A visita de Justin não tinha sido previamente anunciada.
Markuchine agradeceu "sinceramente" ao primeiro-ministro canadiano pelo "apoio que o Canadá fornece hoje à Ucrânia".
"Acreditamos no prosseguimento da cooperação entre os nossos países na reconstrução das cidades ucranianas destruídas após a nossa vitória", disse.
Irpin, situada a noroeste de Kiev, foi palco de violentos combates entre russos e ucranianos nos primeiros dias da intervenção militar russa.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.