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"É surpreendente que a Rússia ainda não tenha uma vitória completa" no Leste da Ucrânia

09 mai, 2022 - 17:50 • José Pedro Frazão , com redação

​Sandra Fernandes, investigadora da Universidade do Minho, sublinha que “os objetivos russos não foram cumpridos” e tiveram que ser “redefinidos” devido à resistência ucraniana.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, estará surpreendido por não ter conseguido uma vitória completa sobretudo no Leste da Ucrânia, diz à Renascença Sandra Fernandes, investigadora da Universidade do Minho.

"Nós se olharmos para o desenvolvimento destes dois meses e meios de guerra, os russos não ganharam, mas os ucranianos também não perderam”, afirma a especialista.

Sandra Fernandes sublinha que “os objetivos russos não foram cumpridos” e tiveram que ser “redefinidos” devido à resistência ucraniana.

“Até é expectável que os ucranianos consigam, em breve, algumas contra-ofensivas, de forma mais massiva e, não deixa de ser surpreendente que a Rússia ainda não tenha conseguido uma vitória completa no Donbass e hoje vemos que os ucranianos resistem e que os russos ainda não controlam Donbass e nem, aliás, o corredor que controla Donbass à Crimeia e todo o sul da Ucrânia”, sublinha.

No discurso desta segunda-feira por ocasião do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, Vladimir Putin manteve “esta ideia de ‘operação especial’ para uma Rússia que é vítima e que tem de se proteger da agressão, nomeadamente de uma Ucrânia neonazi e que estava prestes a nuclearizar", refere a investigadora.

Nestas declarações à Renascença, Sandra Fernandes afirma que a intervenção de Putin, “não trouxe a escalada que estava até anunciada por várias vias, vários porta-vozes do Kremlin, do Ministério dos Negócios Estrangeiros”.

“Foi um discurso muito patriótico, muito no sentido de alimentar o patriotismo dos russos. Esta ‘operação especial’ não foi referida nos seus termos mais práticos, foi uma referência ao espírito dos russos, ao seu valor, à capacidade de lutar pela pátria. Foi em primeira linha uma glorificação do espírito de resistência e de luta dos russos. A Ucrânia é vista como se fosse a nova Alemanha nazi por parte de Putin", nota a investigadora da Universidade do Minho.


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Sandra Fernandes, investigadora da Universidade do Minho
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  • digo
    09 mai, 2022 Eu 17:26
    Já o disse, e repito: os Ucranianos já se devem ter arrependido mil vezes, de ter devolvido a Moscovo em troca de garantias de respeito pela nação Ucraniana - garantias rasgadas por Putin - , o arsenal nuclear que tinham estacionado na Ucrânia e que era "apenas e só" o 3º, a nivel mundial. Quanto apostam que se eles ainda tivessem esse arsenal e operacional, não só não teria havido qualquer invasão, como não havia um único soldado Russo a menos de 50 Km da fronteira?

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