11 mai, 2022 - 19:15 • Lusa
A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, defendeu hoje que a possível adesão do país à NATO reforçará a segurança dos cidadãos e pediu à comunidade internacional sanções mais fortes contra a Rússia.
Finlândia e Suécia preparam-se agora para anunciar esta semana se querem aderir à organização intergovernamental, uma decisão que pode ter impacto no progresso militar russo na Ucrânia.
"Se a Finlândia tomar este passo histórico, será pela segurança dos nossos próprios cidadãos", afirmou Sanna Marin, numa conferência de imprensa depois de um encontro com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
"Aderir à NATO fortalecerá toda a comunidade internacional que defende os mesmos valores fundamentais", acrescentou.
Marin contou que conversou com Kishida sobre "as agressões terríveis russas contra a Ucrânia e as suas consequências", concordando que as sanções aplicadas a Moscovo precisam de atingir os setores energéticos, financeiros e dos transportes de forma mais abrangente e rígida do que está a ser agora praticado.
Guerra na Ucrânia
Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (...)
O primeiro-ministro japonês mostrou-se disponível para colaborar com a Finlândia na resposta contra a invasão da Rússia ao país vizinho, bem como para assegurar a paz e a estabilidade na região Indo-Pacífica, onde o Japão lida atualmente com ameaças da Coreia do Norte e com a ascensão do poder militar da China.
"Mudar o status quo por meio da força nunca é aceitável, não importa em que parte do mundo", disse o político japonês.
O Japão juntou-se prontamente a outros países industrializados e da União Europeia na imposição de sanções à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro.
Em Tóquio, cresce o receio de que a guerra possa incentivar a China a tomar ações militares mais assertivas nos mares do Leste e Sul, onde as reivindicações territoriais de Pequim se sobrepõem às dos seus vizinhos mais pequenos.
O Japão congelou bens de líderes russos, incluindo os do próprio Presidente, Vladimir Putin, e de vários funcionários do governo ou bilionários próximos do mesmo.
O país restringiu ainda o comércio e anunciou que vai eliminar gradualmente as importações de carvão e petróleo bruto russo.