17 mai, 2022 - 07:35 • Olímpia Mairos , com agências
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia ainda não chegaram a um acordo sobre o sexto pacote de sanções à Rússia. A Comissão Europeia propôs um embargo à importação de petróleo russo até ao final do ano, mas a Hungria opõe-se, apesar de a proposta prever um ano suplementar de transição.
Apesar de várias reuniões a nível diplomático e de a proposta conceder à Hungria e à Eslováquia um prazo de transição mais longo, até 31 de dezembro de 2023, ainda não há consenso sobre as novas sanções.
Na segunda-feira, o chefe da diplomacia da União Europeia reconheceu as dificuldades em garantir o apoio da Hungria à proposta para sancionar o petróleo russo, devido à dependência do país das importações da Rússia. Josep Borrell disse que será feito “tudo o que for possível para desbloquear a situação”, mas admitiu não poder garantir que isso aconteça, “porque as posições são muito fortes”.
Na última noite, a Bulgária confirmou que pediu à Comissão Europeia a exclusão do embargo que está a ser planeado à compra do petróleo russo. O primeiro-ministro búlgaro explica que a única refinaria do país só pode processar aquele tipo de crude e que por isso, espera compreensão por parte da Comissão Europeia.
A República Checa também aderiu aos apelos para um prazo de três anos para a concretização da proibição do petróleo russo.
O sexto pacote de sanções inclui também a exclusão do Sberbank, o maior banco russo, do sistema internacional de transações Swift, ou medidas restritivas seletivas contra o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa ou perpetradores de atrocidades na Ucrânia.
Para esta terça-feira está prevista uma reunião dos ministros da Defesa dos 27 para discutirem a invasão da Rússia à Ucrânia.