22 mai, 2022 - 17:54 • Lusa
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou hoje a esperança de que, em junho, a Ucrânia obtenha o estatuto de candidato à União Europeia (UE), após o Presidente polaco, Andrzej Duda, garantir o seu apoio e o da Polónia.
Durante uma conferência de imprensa conjunta, em Kiev, Zelensky afirmou que a Ucrânia pertence à comunidade europeia desde há muito tempo, mas sublinhou que para entrar na UE é preciso "embaixadores e amigos poderosos", refere a agência de notícias espanhola EFE, que cita a agência de notícias polaca PAP.
"Acreditamos que isso vai acontecer e contamos com o estatuto de país candidato à UE em junho. Contamos com o apoio poderoso de Andrzej [Duda] nesta questão", declarou Zelensky.
O Presidente ucraniano fazia alusão ao "discurso histórico" do Presidente polaco perante o Parlamento ucraniano, o primeiro de um líder estrangeiro desde 24 de fevereiro, dia em que começou a invasão russa, no qual o chefe de Estado polaco assegurou que "a Polónia apoia e continuará a apoiar a Ucrânia".
"Pessoalmente, não descansarei até que a Ucrânia passe a ser membro da União Europeia", afirmou Andrzej Duda.
Mais tarde, em conferência de imprensa, apelou aos líderes da UE e destacou o grande significado psicológico e político de conceder à Ucrânia o estatuto de candidato na reunião do Conselho Europeu, que se realiza em final de junho.
"Hoje, a Ucrânia necessita do nosso sinal de abertura das portas europeias", declarou Duda, sublinhando que a sociedade ucraniana quer fazer parte da comunidade europeia e não de uma esfera de influência russa, sendo esta "uma das razões para aqueles que hoje defendem corajosamente o seu país contra a agressão russa".
O Presidente polaco enfatizou a necessidade de "manter a unidade com a Ucrânia" e a "unidade em torno da Ucrânia" dentro da UE e da NATO, salientando que o povo ucraniano precisa, não só de apoio militar e de ajuda humanitária, mas também a nível político e social.
Andrzej Duda acrescentou que "o Mundo apenas pode contribuir pacificamente para colocar um fim à guerra através de sanções, através de uma forte pressão sobre a Rússia, isolando-a e excluindo-a da comunidade internacional".