26 mai, 2022 - 19:00 • Sandra Afonso
O Reino Unido anunciou esta quinta-feira que vai taxar, em 25%, os lucros inesperados. A medida insere-se num pacote avaliado em 17 mil e 600 milhões de euros, para ajudar as famílias a responderem à subida dos preços e dos custos da energia.
Entre as medidas anunciadas, estão cheques para as despesas energéticas e apoios extra para as famílias carenciadas e os pensionistas. Todas as famílias recebem em outubro um desconto de 400 libras (469 euros) nas faturas energéticas. Para as mais carenciadas, o apoio sobe para 650 libras (762 euros).
Segundo a BBC, parte da iniciativa será financiada pelas grandes produtoras energéticas, como a Shell e a BP.
Nos próximos 12 meses, deverão contribuir com cerca de 5.800 milhões de euros, através da taxa de 25% sobre os lucros inesperados.
O Governo de Boris Johnson tem evitado a taxa, devido às implicações no investimento, mas o ministro das Finanças confirmou a medida, esta quinta feira, na Câmara dos Comuns.
Tendo em conta o aumento dos preços, Rishi Sunak diz “compreender o argumento de que esses lucros devem ser taxados de forma justa”.
O imposto será retirado logo que o preço do petróleo regresse a valores normais.
Entretanto, as empresas sujeitas a este imposto extraordinário vão ter direito a um alívio fiscal de cerca de um euro (noventa pence), por cada libra investida em projetos energéticos no país.
Esta não é uma medida consensual. Questionada ontem pela Renascença, a bastonária da Ordem dos Contabilistas rejeita este tipo de tributação, que penaliza os lucros das empresas.
Entrevista
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